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Festivais

20. Tiradentes (2017) – Manoel Rangel

Presidente da Agencia de Cinema fez balanço dos 15 anos de Ancine.

Por Luiz Joaquim | 26.01.2017 (quinta-feira)

Na tarde de ontem (25), a 20a Mostra de Cinema de Tiradentes, apresentou às 16h no Cineteatro Sesi da cidade a mesa Avanços e perspectivas para o setor audiovisual brasileiro, com o presidente de Agencia Nacional de Cinema (Ancine), Manoel Rangel, cujo mandato encerra em maio próximo.

A pauta previa a expansão da produção e consumo audiovisual de conteúdos para cinema, tevê e novas mídias, alem de um balanço de seu trabalho ao longo dos últimos anos na solidificação da produção independente e na grande presença brasileira em festivais internacionais.

Numa fala que durou 40 minutos, com sua peculiar eloquência e memória prodigiosa para dados, o presidente da Ancine – cujo primeiro mandato iniciou em 2005 – lembrou que a Agencia completará 15 anos em setembro de 2017.

Pela celebração da data, fez menção ao período em que a estatal “Empresa Brasileira de Cinema” (Embrafilme) teve seu funcionamento mais ativo, por impulsionar o cinema nacional como agência distribuidora, entre 1974 e 1990. Foram, portanto, 16 anos.

Em sua revisão, destacou a importância e necessidade do Plano de Diretrizes e Metas (PDM) como referência para reger a atuação da Ancine, e as diversas leis que impulsionaram projetos como o do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e a chamada “Lei da TV Paga”.

Um dos registros ilustrativos mais interessante em sua fala dizia respeito aos dados do audiovisual que ele trouxe à plateia sobre o ano de 2002, no surgimento da Agencia, comparando aos de 2016.

A começar pela quantidade de salas de cinema no Pais. Enquanto em 2002 existiam 1.635 espaços, hoje são 3.116 salas, das quais apenas 14 delas ainda trabalham com projeção analógica. “E estamos a 115 salas para chegar ao número 3.275, o mesmo que representa o recordo de quantidade de cinemas no Brasil, salvo engano, registrado no ano de 1975”, pontuou orgulhoso.

Não deixou de falar, entretanto, que a proporção de salas por número de habitantes é hoje de 61 mil para cada sala.

2016 foi também o ano, conforme o Presidente da Ancine, em que mais foram lançados filmes brasileiros. Um total de 143 títulos, contra os 29 que estrearam comercialmente em 2002.

Em 2002 éramos 2,5 milhões de assinantes de tevê paga; hoje somos 18,7 milhões. E em 2016 foram vendidos 30 milhões de ingressos para filmes brasileiros, o que significou um aumento percentual de 8% com relação ao ano anterior. Concluiu assim, sua fala, em tom otimista.

Ao final, o mediador da mesa, o critico e pesquisador Pedro Butcher, perguntou em que Rangel apoia o seu otimismo diante das circunstâncias políticas em que vive o País de hoje.

“Em vocês”, respondeu o convidado. “As conquistas foram diversas e algumas com irrestrito apoio de parlamentares. Nessas conquistas temos algo sólido em todas as cadeias do audiovisual e acredito que vocês permanecerão lutando por essas conquistas”, encerrou.

*crédito da foto: Beto Staino/Universo Produção

*Viagem a convite da Mostra

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