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Festivais

50° Cannes (1997) – abertura

“O Quinto Elemento” abriu o festival

Por Luiz Joaquim | 09.05.1997 (sexta-feira)

Cannes está fervilhando. Desde o dia 07 de maio, um dos balneários da Cote d’azul foi transformado em uma grande e constante festa para aqueles que amam o cinema, como acontece todos os anos.

O festival de Cannes tem uma tradição que vence os limites financeiros impostos para conseguir o prêmio da academia de artes cinematográfica americana, o Oscar. A tradição de Cannes é a qualidade.

A limpidez da premiação com a Palma de Ouro e os outros prêmios começa já na notoriedade do Júri. Todos os anos os jurados são escolhidos, abertamente, pelos responsáveis do evento. Este corpo de jurados é compostos entre dez a vinte personalidades internacionais da sétima arte. Não há, absolutamente, nenhuma pressão ou atitude tendenciosa nas votações. Coisa que não acontece na votação dos premiados ao Oscar, no qual o voto é secreto.

O que impera nas premiações em Cannes é o bom senso daqueles que estão mais que familiarizados com o “métier” do cinema.

Neste ano, que é comemorado o 50° aniversário do festival, sua presidente (a divina francesa Isabelle Adjani) abriu a festa com o filme, do também francês Luc Besson, “O Quinto Elemento”.

Neste filme, que significa a produção cinematográfica francesa mais cara de sua história, obrigando a produtora GALMONT à investir cerca de 100 milhões de dólares, Bruce Willis representa um simples mortal vivendo no século XXIII, e que se vê obrigado a reunir os quatro elementos do planeta (o fogo, terra, água e ar) com o quinto, no caso, uma mulher.

O objetivo dessa façanha e permitir que o bem sobreponha-se ao mal, que, por sua vez, é personificado pelo ator inglês Gary Oldman.

Uma curiosidade: O roteiro é baseado em um argumento escrito por Luc Besson aos dezesseis anos de idade. E está sendo anunciado, pasmem, para a próxima sexta-feira (16/05/1997) aqui no Recife, a exibição desse filme de Besson.

“O Quinto Elemento” não participa da mostra competitiva, mas, um outro filme chamado “nil by mouth” ( uma expressão inglesa determinando que certas substâncias não podem ser ingeridas ) sim.

Gary Oldman assume, pela primeira vez, a direção neste filme que é declaradamente autobiográfico. Conforme críticos europeus, o filme de Oldman é forte concorrente à Palma de Ouro, principalmente pela secura como é contada sua história.

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