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Críticas

Motoqueiros Selvagens

Motoqueiros quarentões

Por Luiz Joaquim | 19.04.2007 (quinta-feira)

É o segundo filme, estreando em menos de um mês, com o
mesmo apelo: motocicletas e motoqueiros. O primeiro
foi a adaptação dos quadrinhos “Motoqueiro Fantasma” e
agora “Motoqueiros Selvagens” (Wild Hogs, EUA, 2007),
de Walt Becker. É também triste ver na tela um objeto
tão passível de larga exploração cultural ser resumido
a piadas sem força.

No caso, são duas nuanças a explorar aqui: os
motoqueiros e os homens de meia-idade, uma vez que os
quatro amigos – o dentista Doug (Tim Allen), o falido
Woody (John Travolta), o sanitarista Martin (Martin
Laurence) e o infotécnico Dudley (William H. Macy) são
quarentões frustrados, cada um a seu modo, que
resolvem deixar tudo para trás e resgatar o fulgor da
liberdade juvenil cruzando a América em suas motos.

As piadas passam pelo aspecto da sexualidade, na qual
todos fazem questão de ratificar sua masculinidade, e
se apóiam também basicamente no comportamento quase
retardado de Dudley, o único, de uma forma quase
infantil (e não-convincente), desarmado para o mundo
dos adultos.

O filme merece crédito pela trilha sonora, que inclui
“Born To Be Wild” e “Highway to Hell” além da aparição
de Marisa Tomei – quase muda – e de um certo “deus”
para os motociclista e cinéfilos dos anos 1960.

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