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Reportagens

A nova cara do Cine Olinda

Protótipo respeita os traços original do prédio construído em 1936

Por Luiz Joaquim | 19.05.2007 (sábado)

Se tudo correr dentro do planejado, os olindenses terão já em dezembro (2007), na avenida Sigismundo Gonçalves, um ponto de encontro para assistir bom cinema. É o que diz a Secretaria do Patrimônio, Ciência, Cultura e Turismo (SEPACCTUR) do município Patrimônio da Humanidade, que administra a terceira etapa da reforma de recuperação do Cine Olinda, sala comercialmente desativada há décadas.

As obras começaram logo após o carnaval, no final de fevereiro, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou recursos na ordem de R$ 849 mil para esta última fase do reforma. “Esperávamos os recursos desde 2006, quando o município tinha o título de Capital Brasileira da Cultura e o BNDES elegeu Olinda, além de Ouro Preto e Rio de Janeiro, para investir na recuperação e patrimônios”, recorda Márcia Souto, secretária do SEPACCTUR.

Num primeiro momento, os trabalhos de reestruturação da sala, aos custo de R$ 547 mil, se concentraram na recuperação da fundação, telhados e fachada. Na fase dois, com o montante de R$ 211 mil, os esforços eram voltados para a instalação elétrica e hidráulica da casa, para o piso, o pavimento superior e o revestimento nas paredes.

No momento, a obra está resolvendo questões como o tratamento acústico, iluminação, climatização, acabamento de pintura, mobiliário (poltronas) e os equipamentos técnicos (projetor 35mm, tela, caixas acústicas). Para esse último tópico, Souto lembra que talvez seja necessário uma complementação de recurso, uma vez que “os valores destes equipamentos sofreram reajustes do início do projeto para os dias de hoje”.

Quando pronto, a idéia é fazer o Cine Olinda funcionar como um espaço para convenções e não só como uma sala de cinema, uma vez que, além do auditório principal, com 250 lugares, o espaço disponibilizará outras duas sala menores, com 80 e 60 lugares. Com uma lanchonete e uma sala administrativa, a sala principal do cine-convenções poderá ainda funcionar como um “teatro de bolso”. “A boca de cena do auditório é pequena e não comporta uma grande encenação no palco”, salienta a secretária do SEPACCTUR.

Quanto ao perfil de programação da sala, Souto diz que estão marcadas reuniões para discutir um planejamento de gestão curatorial para o espaço, mas já adianta que a idéia é evitar o padrão comercial dos multiplex. “Queremos oferecer à cidade títulos que correspondam ao interesse intelectual da população olindense”, finaliza.

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