“O Céu de Suely” é o melhor para o 3° Cineport
3° Cineport – premiação
Por Luiz Joaquim | 14.05.2007 (segunda-feira)
João Pessoa (PB) – Longe da “Cidade do Cinema” como passou a ser chamada a Usina Cultura Saelpa, espaço onde foram projetadas as mostras competitivas do 3º Cineport, a cerimônia de premiação, na noite de sábado, aconteceu no tradicional Teatro Santa Roza (com ‘z’ mesmo).
Precedido por uma encenação da primeira peça escrita por Ariano Suassuna, “Uma Mulher Vestida de Sol” (com a presença do autor na platéia), a cerimônia consagrou o “Céu de Suely” como o melhor filme de ficção em 35mm, dando também a Karim Aïnouz o troféu Andorinha de melhor diretor da categoria. O melhor documentário em 35mm foi “Estamira”, de Marcos Prado, que ainda abocanhou o troféu de fotografia.
Mas pode-se dizer que o pernambucano Lírio Ferreira foi o grande vencedor do Cineport, tendo conseguido dois prêmios para “Árido Movie” – música e ator coadjuvante (Selton Mello) -, além de melhor documentário em digital com “Cartola”. Lírio dedicou o troféu à memória de Chico Sciense, repetindo a palavra ‘Science’ com ênfase enquanto olhava para Suassuna sentado na primeira fila.
O júri optou por não premiar a categoria longa de ficção em digital, pois “Carreiras”, do Domingos Oliveira, concorria sozinho aqui. Ainda assim sua protagonista, Priscila Rozenbaum, recebeu menção honrosa pela atuação. Também com menção honrosa, “por promover uma imagética especial”, saiu a animação pernambucana “O Jumento Santo”, de William Paiva e Leonardo Domingues.
Com um pé em Pernambuco, estudando cinema no Recife, o paraibano Ely Marques, ao lado de Arthur Lins, teve seu “Um Fazedor de Filmes” eleito, por unanimidade do júri, o melhor filme paraibano na mostra. A obra retrata a persistência de Ivanildo Gomes, um “cineasta” de Soledade, no interior do Estado. Marques e Lins recebem R$ 10 mil da Saepa (distribuidora de energia da Paraíba), além de cinco latas de filme negativo, direito a revelação e uma cópia em 35mm para o próximo trabalho.
ALÉM-MAR
O título de melhor ator e atriz em 35mm ficou com o moçambicano Evaristo de Abreu (“O Jardim de Outro Homem”) e a portuguesa Ana Moreira (“Transe”, que ainda levou com justiça a Andorinha de fotografia). O português “Juventude em Marcha” venceu como melhor roteiro. Entre os documentários, o português Sérgio Tréfaut levou a melhor direção por “Lisboetas”, como também a melhor edição.
Nos curtas-metragens, o mineiro “Trecho”, de Helvécio de Marins e Clarissa Campolina, foi o melhor documentário; o português “Stuart”, de Zepe, foi a melhor animação; e o carioca “7 Minutos”, de Cavi Borges, foi a melhor ficção. O melhor infantil, eleito por crianças, foi “No Meio da Rua”, de Antônio Carlos Fontoura.
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