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Reportagens

Fernando de Noronha vai ganhar um cinema

Sala vai funcionar em edificação histórica restaurada

Por Luiz Joaquim | 26.07.2007 (quinta-feira)

O arquipélago Fernando de Noronha, a 545 quilômetros do Recife, vai ganhar uma sala de cinema. O projeto de construção ou restauração de uma sala de exibição cinematográfica com atividade permanente na ilha faz parte do programa de política cultural do Estado intitulado “Pernambuco, Nação Cultural”, que prevê a implantação de ‘estações culturais’ funcionando nas 12 regiões de desenvolvimento do Estado. Trabalho que será executado após um equipe escutar as comunidades culturais destas regiões para compor um plano setorial de ação em todos os eixos da cultura.

“Fernando de Noronha é uma desta regiões e a ilha vai ter como seu ‘equipamento-âncora’ o cinema, que deverá funcionar como o núcleo de uma célula que servirá também às escolas do arquipélago, da mesma forma como servirão as estações culturais das outras regiões do Estado”, adianta a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Luciana Azevedo (foto acima).

Na próxima terça-feira, Azevedo viaja a Noronha com uma equipe técnica para encontrar com Romeu Batista, gestor da ilha, e sondar as condições de duas edificações históricas em ruínas, já pré-definidas como possíveis locais para operação do cinema após restauração. “Ao mesmo tempo em que restauramos um espaço histórico e damos uma atividade funcional a ele, estamos trabalhando em duas frentes da cultura”, salienta a presidente.

Entre os que acompanham Azevedo na viajem está coordenador do Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (Mispe), Geraldo Pinho, que elaborou o projeto técnico cinematográfico para a sala de Noronha e ficará a frente da programação do espaço.

“Esse é uma idéia que acalanto desde 1996. Fiz o levantamento de custos de projetor, processador de som Dolby, caixas acústicas e tela para por a funcionar um cinema com a qualidade que se espera de uma boa sala comercial”, e continua: “mas o custo total só será definido após a viajem, quando identificarmos as necessidades de restauro do espaço”.

Sobre a programação, Geraldo Pinho diz que o cinema terá sessões diárias, incluindo matinês pela manhã voltadas às crianças, considerando também a potencialidade educacional de alguns filmes. “Sobre o perfil, vamos concentrar forças no cinema brasileiro, no pernambucano, nos curtas-metragens e também no bom cinema do estrangeiro”, diz Geraldo que já planeja também uma mostra de filmes sobre o meio-ambiente.

“Não sei que cenário vamos encontrar na ilha, a viajem é que vai dizer, portanto é difícil dar uma previsão para a inauguração da nova sala, mas posso adiantar que após concluída a recuperação da infra-estrutura, entregamos os equipamentos técnicos aptos a operar em 45 dias”, concluiu.

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