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Críticas

Luzes do Além

Não vá para a luz…

Por Luiz Joaquim | 27.07.2007 (sexta-feira)

Aos poucos que viram “Vozes do Além” (2005) com Michael Keaton, esqueçam que temos em “Luzes do Além” (White Noise 2: The Light, EUA, 2007) uma continuação. O filme, que só é seqüencia mesmo no título, é levemente superior, em termos de envolvimento, a produção anterior na qual Keaton escuta e vê pessoas mortas na estática dos monitores de TV.

Como no filme antecessor, o protagonista de “Luzes do Além” também perde esposa, mas desta vez para um assassino a sangue frio. Pouco depois, o viúvo Abe (Nathan Fillion) sofre um acidente e passa por uma Experiência de Quase-Morte (EQM), pela qual, nos minutos antes de ser ressucitado, consegue ver a esposa e o filho no além.

Acontece que Abe volta com a capacidade de ver auras em certas pessoas e descobre que isso significa a proximidade da morte naquelas pessoas. Pelo roteiro de Matt Venne, a medida em que Abe brinca de Deus e decide intervir no processo natural das coisas, salvando os condenados à morte – incluindo aí seu novo affair, a enfermeira Sherry (Katee Sackoff) – , ele autera o fluxo natural das forças do mal, incluindo aí a possível vinda da besta a Terra.

Como mencionamos, a um resquício mínimo de envolvimento em “Luzes do Além” pela forma cinematográfica como o filme apresenta as possíbilidade de acidentes numa grande metrópole. Algumas reviravoltas no roteiro também não permitem que o espectador perca o interesse pelo desenrolar da trama, mas há sempre uma equação quase matemática que não deixa o acaso operar aqui. É um trabalho preparado mais para assustar que impressionar.

E se é falho no caso do susto, apelando mais uma vez para trilhas sonoras insistentes e rostos fúnebres que pulam da estática na TV, no caso da impressão a obra deixa mais uma sensação de engabelamento de que seriedade a respeito do assunto EQM.

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