Cara-de-pau
Câmera clara 79
Por Luiz Joaquim | 21.09.2007 (sexta-feira)
Hoje tive acesso a relação das produções que se inscreveram para disputar o título de representante oficial do MinC na briga pelo Oscar 2008. Na lista, algumas preciosidades como “Primo Basílio”, “Muito Gelo e Dois Dedos d’Água”, “A Grande Família” e “Ó Paí, Ó” (dá pra imaginar o título deste último nos EUA?). Um colega, crítico de cinema em São Paulo, chamou a atenção para o cinismo deste produtores. Será que eles acreditam realmente que devem representar o Brasil no exterior? Comparando futebolisticamente, seria como se Gustavo, zagueiro do Sport Club do Recife, se apresentasse a Dunga para defender a Canarinho no recente confronto contra o México, com a convicção que seria convocado, ou ainda se o glorioso Ibis ficasse indignado por não ter sido classificado para disputar a Taça Libertadores da América. Entre os títulos sérios na lista mencionada para o Oscar estão “Tropa de Elite”, “Cidade dos Homens”, “O Céu de Suely”, “O Cheiro do Ralo” (que Sundance já conhece) e “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias”. Semana passada, esta coluna já apontou este último como o mais provável selecionado.
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Animação
O chefe do departamento de animação da Dreamworks, Jeffrey Katzenberg, em entrevista na edição de quinta-feira do “Los Angeles Times”, disse que o estúdio decidiu adiar o lançamento do 3-D “Monsters Vs. Aliens” para 27 de março de 2009, tudo para não competir com o também 3-D de James Cameron “Avatar”, com data para 22 de maio do mesmo ano. A questão levantou indignações internamente no estúdio a respeito da confiabilidade do produto diante do concorrente.
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Spielberg
Sobre o fim do contrato de Steven Spielberg com a Dreamworks, que expira no ano que vem, o mesmo Katzenberg da Dreamworks, disse que isso é algo impensável. “Spielberg é nada mais nada menos que um tesouro nacional”, disse o executivo, que criou a Dreamworks com David Geffen numa parceria com o pai de “E. T.: O Extraterrestre”.
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Antônia
“Antônia”, de Tata Amaral, estreou bem semana passada em Hollywood. No site do “Los Angeles Times”, a crítica diz: “É uma espécie de ‘Dreamgirls’, versão hip-hop, do subúrbio paulista. O filme é envolvente…. e felizmente as sexy garotas sabem interpretar tão bem quanto sabem cantar”.
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