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Bandeira

Câmera clara 83

Por Luiz Joaquim | 22.10.2007 (segunda-feira)

Quem acompanha o caminhar da produção cinematográfica em Pernambuco certamente ficou contente semana passada ao saber da seleção de quatros filmes locais para brigar na mostra competitiva do 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em novembro. Uma satisfação particularmente especial foi ver o nome de Daniel Bandeira com seu primeiro longa-metragem “Amigos de Risco”, estar no páreo. Fruto de mais de três anos de trabalho com um dinheiro inicialmente calculado apenas para um curta-metragem e, por isso mesmo, ensandecido, a seleção para Brasília soou, tal qual já declarou Bandeira, como um sinal de que fazer cinema é possível. Ele só não mencionou que (muito) talento, perseverança e um certo desapego às banalidades da vida, também são essenciais para uma jornada louca como a que ele assumiu e fez dar certo. Já bastante conhecido e respeitado no meio cinematográfico local (realizou dezenas de curtas, seja como editor, produtor e diretor, dentro e fora da ‘Símio Filmes’), Bandeira chega antes dos 30 anos (tem hoje 28), ao mais cobiçado e rigoroso festival para produção nacional. Aqueles que ainda não o conhecem, não precisam esperar muito. Em novembro ele vira notícia nacional (provavelmente internacional em 2008), e por razões mais do que justas.

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Saco da verdade
Um amigo revelou que a brincadeira das crianças nos morros do Rio de Janeiro não é mais se passar por bandido para matar polícia, mas o inverso. A molecada se batiza de Capitão Nascimento (do “Tropa de Elite”) para matar bandido. E ainda promovem uma tortura de mentirinha com o “saco da verdade”.

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Valente cancelado
Em nota sucinta, a Warner Bros. Pictures divulgou que “Valente” (cartazes nos multiplex) teve sem lançamento nos cinemas cancelado. Uma colega jornalista viu o filme no Festival do Rio e vaticinou: “É horrível. Jodie Foster é um sub-Charles Bronson em sua pior fase”.

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Metralhadora Coppola
Francis F. Coppola castigou no depoimento que deu para a revista norte-americana GQ a respeito de três atores com quem trabalhou no passado. Sobre Al Pacino, disse que ele tem muito dinheiro “talvez porque ele nunca gasta nenhum dinheiro”. Jack Nicholson “tem sempre alguma conexão com esses chefões dos estúdios”, e Robert De Niro “criou um império saudável e poderoso”. E ainda complementou: “mesmo na época de ‘O Poderoso Chefão’ nunca pensei nestes atores prontos para dizer ‘Vamos fazer algo realmente ambicioso”, atirou. Os comentários de cineasta foram rechaçados por Nikki Finke, jornalista da revista L. A. Weekly, com a seguinte observação: “Há algo mais hipócrita que um julgamento de Coppola?”.

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