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Críticas

Fido, O Mascote

Piada de mal gosto

Por Luiz Joaquim | 14.11.2007 (quarta-feira)

George Romero, 77 anos, criador, há 39, do conceito de ‘zumbi’, como o mundo concebe até hoje através do cinema, deve ter ficado preocupado após ter assistido “Fido, O Mascote” (Fido, EUA/ Canadá, 2006). O filme está programado para a Sessão de Arte na sexta 16 (21h) e sábado 17 (11h) no Boa Vista (Recife). E também de segunda 19 a quinta-feira 22 (19h), no UCI/Ribeiro do Shopping Recife.

Se não estive preocupado, Romero deve estar ao menos triste em saber que suas crias viraram piada de pouca força neste filme canadense de Andrew Currie. Aqui eles são transformados numa espécie de servos, escravos e bicho de estimação graças a uma coleira eletrônica, comercializada pela Zomcon, que controla os impulsos dos mortos-vivos em comer carne humana fresca.

Os zumbis surgiram de um pó cósmico vindo do espaço. Os dourados anos 1950 de um EUA perfeito formam o cenário, e o protagonista aqui é Timmy (K’Sun Ray). Ele é um solitário garoto de dez anos cujo pai está mais preocupado em programar o dispendioso funeral de sua família. Sepultar os mortos sai caro pois, para evitar que voltem como zumbis, é preciso enterrar a cabeça separada do corpo.

“Fido” é uma boa idéia e, embora tenham os aspectos técnicos cuidadosamente bem realizados, caminha cambaleante em sua narrativa, tal qual um zumbi desequilibrado. Resquícios desta boa idéia, como uma crítica social, aparece quando “Fido” nos informa que nesta sociedade os idosos são uma ameaça, pois estão próximos de falecer e, consequentemente virar zumbis; que as crianças ‘só’ podem legalmente portar uma armar aos 12 anos; e que o vivos aqui possuem menos senso de humanidade que os mortos-vivos. No elenco estão os ótimos Henry Czerny (“Notas do Subterrâneo”) e Carrie-Anne Moss (“Matrix”).

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