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Críticas

Hitman – Agente 47

Muita bala, pouco carisma

Por Luiz Joaquim | 14.12.2007 (sexta-feira)

O que falar de “Hitman: Agente 47” (Hitman, EUA/Fra., 2007), filme adaptado para o cinema a partir de um videogame? Não que uma adaptação sugada de um jogo eletrônico para entreter jovens não possa render um bom filme mas, no caso deste realizado por Xavier Gens, que desperdiçou US$ 70 milhões, o resultado é, na falta de uma melhor expressão, pobre.

De início, é empurrado ao espectador que o agente 47 (Timothy Olyphant) foi criado para ser um exímio matador de aluguel. Quem criou (“a organização”, diz o filme) ou porque o criou não interessa. Amontoando corpos pelos seis continentes, 47 vira uma fixação do detetive da Interpol inglesa, Mike (Dougray Scott). Quando 47 é envolvido numa armação política da qual participa o presidente da Rússia e seus sósias, o assassino vira vítima e, num ímpeto de humanismo, decide defender uma prostituta russa (Olga Kurylenko) de luxo enquanto luta contra sua própria “organização”.

Xavier Gens fez um filme no automático. Colocou seu vilão/mocinho disparando balas em vários cenários exóticos, sugerindo seu protagonista como uma ameaça mundial; colocou uma mocinha de par romântico com este herói para um romance que nunca decola, pois ele a rejeita sempre por uma razão nunca é revelada no filme; e colocou no seu agente 47 como um boneco mesmo de videogame, indolor, imbatível e fortemente inexpressivo. O ator Olyphant não colabora com seu baixo carisma na tela.

Talvez o produtor Vin Diesel, que estava cotado para interpretar Hitman, desse mais cor ao personagem. Mas isso nunca saberemos. Por enquanto, me parece mais interessante ficar com o Maxewell Smart, o agente 86, que vem aí no cinema, refilmado com Steve Carrel no papel imortalizado por Don Adams na TV.

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