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Críticas

Xuxa em Sonho de Menina

Chega às telas o 17º filme de Xuxa

Por Luiz Joaquim | 21.12.2007 (sexta-feira)

Pela 17ª vez, Xuxa Meneghel chega aos cinemas com “Xuxa em Sonho de Menina” (Brasil, 2007). Curioso ver o nome de Rudi Lagemann, diretor do sério “Anjos do Sol” (2006), na condução deste infantil que quer empurrar às crianças que os sonhos devem ser perseguidos, custe o que custar.

Aqui, Meneghel é Kika, uma professora de matemática do ensino fundamental que é demitida pelos seus métodos de ensino pouco ortodoxos (leia-se “com brincadeiras”). Sonhando em ser atriz, ela tenta um teste de elenco para uma peça e, ao perder os óculos, destroi o cenário. Procurada pela polícia por isso (?!), ela foge pro Rio de Janeiro, onde pretende fazer outro teste de elenco para uma novela na TV. Antes de chegar lá, o ônibus fretado por um grupo de crianças onde Kika viaja quebra e todos ficam hospedados num hotel deserto em meio ao nada. Lá ela tem tempo de passar seus ensinamentos sobre os número para a molecada além de dizer algumas palavras (sem força) sobre alcançar sonhos e ser “você mesmo”.

Numa tentativa de dar uma atmosfera lúdica, entram em “Sonho de Menina” uma garota (Raquel Bonfante) e sua avô (Dirce Migliaccio, sempre fofa). A velhinha é uma espéci de de fada e ajuda Kika a driblar a polícia com um docinho mágico que a transforma em criança novamente (interpretada por Letícia Botelho). A fórmula ‘adulto em corpo de criança’ é cansada e já foi vista em dezenas de filmes hollywoodianos, além dos brasileiros “Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão” (1977) e “Didi quer Ser Criança” (2004).

Há algo de simpático em “Sonho de Menina”, ao contrário de seus recentes trabalhos para o cinema. Talvez o fato de ser uma história urbana, com poucos elementos fantásticos, tenha-o tornado mais próximo, e consequentemente, mais fácil, no bom sentido.

Problemas surgem com a interpretação das crianças amarradas à um texto engessado, dando um tom falso para as emoções que elas deveriam indicar, ou seja, o que há de melhor nas crianças, a naturalidade, não é aproveitado por Lagemann. A música também se sobrepõe constantemente, para suprir os momentos mortos entre uma ação e outra. O galã ecologicamente correto (Carlos Casagrande) não tem nenhum função narrativa, apenas o de ser bonito. Destaque fica com Serjão Loroza, como o motorista do ônibus Stromboli. Apesar do peso, Serjão transita leve pelo filme inteiro.

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