Cines Apolo e Parque (Recife) sob nova gestão
Marcos Enrique Lopes (foto) afasta-se após seis anos no posto
Por Luiz Joaquim | 16.01.2008 (quarta-feira)
Marcos Enrique Lopes, conhecido por comandar, desde 2002, a programação dos cinemas do Parque e Apolo, passou o bastão da gerência operacional do audiovisual para o jornalista Ernesto Barros. A mudança no comando, segundo Fernando Duarte, presidente da Fundação de Cultura do Recife (órgão ao qual se subordina a gerência) foi natural tratando-se de uma função comissionada. “A saída de Marcos visa a renovação nas atividades da gerência e se deu de maneira completamente normal”, disse. Crítico de cinema e fundador da Aurora DVDs, Ernesto Barros já esteve à frente do Parque durante os anos 80. “Ernesto foi escolhido por ser um profissional de larga experiência e conhecedor do cinema popular”, afirmou Duarte.
A gestão de Marcos Enrique Lopes marcou um período de transformações no cenário audiovisual pernambucano, não restringindo sua contribuição apenas à programação do Parque e do Apolo. “Nosso trabalho não se limitou à programação dos cinemas. Essa é apenas uma das quatro áreas em que atuamos”, ressaltou Lopes. A gerência operacional do audiovisual dedica-se a quatro segmentos distintos voltados à preservação do patrimônio histórico, ao fomento da produção, à exibição de filmes e a promoção de cursos e formação para os profissionais da área.
Durante a gestão de Lopes, a premiação do concurso Firmo Neto/Ari Severo passou de R$ 60 mil para R$ 80 mil, para cada um dos três (antes eram apenas dois) roteiros premiados. “Penso que nossa maior contribuição deu-se com a reestruturação do comando. A passagem da condição de chefia de divisão para uma gerência de audiovisual deu-nos mais autonomia “, avalia. Ainda a respeito de sua gestão, Lopes destaca a promoção de cursos e oficinas para os profissionais da área, cuja carência de formação é sempre lamentada.
Segundo o ex-curador, o próximo gerente deve voltar-se à preservação do patrimônio histórico (a gerencia é responsável por materiais importantes, como a preservação das películas do Ciclo do Recife), ação que mobiliza muitos recursos. Outra área diz respeito a promoção de cursos de formação, fundamental para a profissionalização do setor. “Como é uma área nova temos muito chão. E esse caminho, todos que trabalhamos com audiovisual estamos trilhando”, afirma. Lopes dedica-se agora a projetos pessoais também relacionados a produção cinematográfica.
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