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Críticas

Indiana Jones e O Reino da Caveira de Cristal

Como nos velhos tempos

Por Luiz Joaquim | 20.05.2008 (terça-feira)

SÃO PAULO (SP) – Sob meticuloso sistema de segurança, “Indiana Jones e O Reino da Caveira de Cristal” (Indiana Jones and The Kingdom of the Crystal Skull, EUA, 2008) foi apresentado à imprensa brasileira na segunda-feira em São Paulo. A nova saga do esperado mega-franchise de Steven Spielberg e George Lucas, iniciado em 1981, começa a ser exibida amanhã (quarta, 21) em todo o Brasil em caráter de pré-estréia. A segurança não era para menos, afinal o herói que encantou os pais de muitos adolescente que frequentam hoje as salas de cinemas estava afastado dos holofotes há 19 anos, quando a dupla Spielberg (diretor) e Lucas (produtor) tinham dado por encerrada a trilogia com o lançamento de “A Ultima Cruazada”(1989).

Mas, eis que, já em 2007, tivemos a notícia que Harrison Ford tinha aceitado encarar o doutor em arquelogia mais famoso do mundo pela quarta vez. Com o galã na idade de 64 anos, a expectativa era saber que tipo de adequações foram feitas para as peripécias de Indy funcionarem como um sessentão.

Mesmo grisalho, Indy não deve deixar nenhum filho de seus primeiros fãs decepcionado. Sem deixar a desejar para nenhum dos episódios anteriores, “O Reino da Caveira de Cristal” é um comunhão de criações equilibradas que não só reverencia a série como um todo, mas também adere ao ritmo dos filmes de ação atuais. Pelas mãos de Spielberg, mestre da raça, isso não significa montagem alucinante, videoclipeira. Não. Significa sim ação sem a exacerbação de efeitos digitais e no timing preciso da ação.

Vendo a “A Caveira de Cristal” percebe-se que Spielberg sabia exatamente o que queria, e alcança esse objetivo. A sensação é a de que não há nenhuma cena desnecessária neste “Indiana Jones 4”. Há talvez uma violência um pouco acima do tom como não se via desde “O Templo da Perdição” (1984), filme que fez algumas crianças deixarem a sala de exibição chorando.

Uma das estratégias deste que, por razões obvias, é o mais nostálgico das quatro obras, foi fazer referências às predecessoras. Na verdade, temos referências descaradas de várias outras obras de Spielberg e Lucas. Logo na abertura, estamos em Nevada (EUA), no ano de 1957, e, ao som de Elvis Presley, acompanhamos um “pega” de carros que remete a “Loucuras de Verão” (1973), de Lucas, para, no decorrer da trama, termos sinais de “E. T. – O Extraterrestre” (1982) e “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977), de Spielberg.

Outro artifício que reforça o clima juvenil e a presença de Shia LaBeouf (ator de 21 anos, de “Transformers”). Ele é Mutt, filho de Marion Ravenwood, aquela mesma de “Os Caçadores…”, que derrubada os homens competindo na bebida (e aqui interpretada pela mesma Karen Allen). LaBeouf serve ainda como uma escada para desenvolver mais humor do tipo ‘família’ na trama.

Quando descobre que Mutt é seu filho, Indy passa a tratá-lo como o próprio pai (Sean Connery) o tratava em “A Última Cruzada”. Vai além, o professor assume mesmo a postura de idoso, repetindo as mesmas palavras de Connery – “Isto é inadmissível” – dizia quando o herói aprontava uma trela. Mutt, por sua vez, assume a postura do jovem Indiana, ficando irritado ao ser chamado de ‘filho’ pelo pai que não conhecia.

Só os vilões não são os mesmos nazistas de antes. Como estamos em 1957, o comunismo é o grande malvado e com ele, os russos. Em tempos modernos, a vilã é uma mulher (que sofre mas, de forma politicamente correto, não é esmurrada no filme). Ela é Irina Spalko, vivida pela sempre ótima Cate Blanchett com um sotaque divertido a la a bond-girl de Daniela Bianchi.

Mudam também os artefatos arqueológicos que movem Jones e seus inimigos, numa perseguição sem descanso. Se nos anteriores, o doutor tinha de se ver com peças misticas, que invariavelmente geravam transformações ao serem violadas, a tal caveira de cristal de agora tem uma origem e função além dos conhecimento de Jones, que só é totalmente revelada no final.

Até chegar lá, o espectdor se diverte com este herói imperfeito, feito aos moldes daqueles das matinês que embalavam Lucas e Spielberg nos anos 1950. Seja na ótima sequências de perserguição num desfiladeiro ou na fuga do teste de uma bomba atômica, o Dr. Jones ainda tem fôlego para tirar o nosso fôlego

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OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA (1981)

O primeiro filme da série foi um fenômeno. Concebido para ser uma trilogia, tinha como proposta resgatar clássicos de aventura dos anos 1950, mas utilizando a expressiva tecnologia de efeito visuais e de som em 1980. Levou cinco Oscar em categorias técnicas. A trama apresenta o professor de arqueologia na década de 1930 quando é convocado pelo governo americano para encontra a arca sagrada que guarda as tábuas dos Dez Mandamentos, que concederá poderes ao portador. Hitler também está atrás da peça, o que provoca muita correria e aventura.

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INDIANA JONES E O TEMPLO DA PERDIÇÃO (1984)
O segundo filme veio com mais liberdade criativa, por conta do sucesso do anterior. Daí, Lucas e Spielberg deram um carga mais sombria e assustadora. De tão pessado, soube-se de casos de crianças que saíam chorando da sala de cinema. Por conta desse título, foi criado nos EUA uma nova classificação etária, a PG-13. Se passa na índia, onde Indy descobre um estrutura que escravizou crianças trabalhando numa mina. O arqueologista luta para salvá-las sem sofrer as consequências do medonho cultu tugue.

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INDIANA JONES E A ÚLTIMA CRUZADA (1989)

Até hoje, o terceiro filme foi o maior sucesso mundial da saga. Rendeu 474 milhões de dólares nos cinemas do globo. Apresenta o jovem Indiana Jone (na pele de River Phoenix), mostrando como ganhou a cicatriz no queixo, o chicote, o chapéu e o medo pelas cobras, além de incluir a presença de seu pai (Sean Connery) na trama. O vilão novamente são os nazistas e o filme teve locações na Inglaterra, Espanha, Jordânia, Itália e Estados Unidos.

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