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Chorando no cinema

Câmera clara 111

Por Luiz Joaquim | 06.06.2008 (sexta-feira)

Psicologizando um pouco a coluna de hoje, chamo a atenção para o ato de chorar numa sala de cinema. Acontece com menos freqüência em alguns e com mais recorrência em outros, mas, provavelmente, não deve existir aquele que nunca tenha se emocionado vertendo lágrimas numa sala escura. Digo assim, categórico, porque o embrulho de sensações que vai gerar o choro nada mais é que a soma de situações sugeridas no filme batendo de frente com as próprias experiências pessoais do espectador. Assim sendo, quanto mais você se identifica com a dramaticidade exposta, maior sua entrega sentimental e mais incontrolável pode se tornar o choro, às vezes constrangido, mesmo no escuro, mas bastante honesto. Dessa forma, é bom desconfiar daquele que diz que nunca chorou no cinema, e quando vir um durão limpando os olhos em determinada seqüência de uma projeção, atenção pois ali pode estar algo revelador sobre os valores humano e/ou social que este durão preza em sua intimidade. A dica de observação serve para o próprio protagonista do choro. Não duvide que o cinema pode servir para ajudar você a entender melhor a si mesmo. É só parar um minutinho e procurar descobrir por que diábos você chorou cântaros de lágrimas numa situação que parece não ter perturbado mais ninguém. É o caso de uma jovem, recém-consciente de sua primeira gravidez. Com a sensibilidade à flor da pele a tudo que está ao seu redor, ela foi ver “Indiana Jones e O Templo da Caveira e Cristal” e chorou barbaridade com as aventuras de Indy. Ao meu ver, seria uma injustiça chamá-la de boba por isso. O exemplo é extremo, mas serve de mote para dizer que o que enxergamos num filme (ou o que queremos enxergar) é a nós mesmos, e quando por ele choramos, é para dar vazão a quem somos, lá no recanto mais íntimo, o do choro.

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Globo Repórter
O bloco carnavalesco “Quanta Ladeira” já brincou com o foco das pautas do “Globo Repórter” de hoje, cantando “Chico José tá no fundo do mar / Chamando os golfinhos p’ra entrevistar”. Mas ouve uma época gloriosa (final dos anos 1970) em que o programa jornalístico era autor de grandes reportagens investigativas. Segunda-feira (9), às 19h30, tem sessão gratuita no Cinema da Fundação de “Retrato de Classe”, doc gravado por Gregório Bacic em 1977 para o programa, na época em que seu elenco tinha gente como Eduardo Coutinho e João Batista de Andrade. Depois tem debate. Um classico do nosso telejornalismo. Imperdível.

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Zahara
Angelina Jolie criticou a Walt Disney por não ter produzido um longa de animação com uma princesa negra como protagonista. Jolie, que adotou Zahara, nascida na África (além de Maddox e Pax, nascidos na Ásia) contou pra revista inglesa “Ok!” que “ainda não há uma princesa africana e é difícil porque nossa filha está se transformando numa princesa”. Jolie, entretanto, não deve deixar de participar em 2009 de “A Princesa e o Plebeu”, projeto da Disney sobre uma princesa negra de New Orleans.

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Gramado 2008
Até 20 de junho, é possível fazer inscrição para o 36º Festival de Cinema de Gramado, que irá selecionar seis longas-metragens brasileiros, seis estrangeiros e 12 curtas-metragens. Mais detalhes no site (www.festivaldegramado.net)

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