1º Festival de Paulínia – 2008 (noite de quinta)
Novos projetos anunciados em Paulínia
Por Luiz Joaquim | 11.07.2008 (sexta-feira)
Paulínia (SP) – O 1º Festival Paulínia de Cinema aproveitou a concentração de pessoas presentes no evento para divulgar novas atividades relacionadas ao pólo cinematográfico da cidade. Em entrevista coletiva realizada na quinta-feira, o veterano diretor Sérgio Rezende (foto) e o realizador Henrique Goldman falaram sobre seus novos projetos, que terão a cidade do interior de São Paulo como uma de suas locações. O primeiro diretor, que já esteve à frente de filmes como “Guerra de Canudos” e “Zuzu Angel”, trabalha agora com a pesquisa de “Salve Geral”, inspirado no ataque que a quadrilha PCC realizou em São Paulo em maio de 2006. Já Goldman pretende mostrar no cinema a história do brasileiro Jean Charles de Menezes, brutalmente morto pela polícia inglesa no metrô de Londres ao ser confundido com um terrorista.
Os dois fazem parte do grupo de dez contemplados com leis de incentivo e fomento ao cinema na cidade, e ambos receberam R$ 900 mil para filmar no município ainda este ano. Paulínia já conta, por exemplo, com uma estrutura grande de estúdios – o festival é apenas a ponta mais visível de todo o pólo cinematográfico. Quanto aos filmes, os dois têm celebridades como protagonistas: Selton Mello será Jean Charles no cinema, enquanto Andréa Beltrão encarnará uma mulher envolvida em esquemas perigosos do crime em “Salve Geral”.
De acordo com Selton, que trabalha no projeto sobre Jean Charles há dois anos, “a gente não sabia quem era esse cara e é isso que a gente se propõe a contar. Conheci os primos dele e cheguei a ir ao local onde aconteceu a tragédia. Acho que essa é uma história comovente e divertida também, porque era incrível o que Jean Charles fazia na Inglaterra pra poder se virar”. A atriz global Vanessa Giácomo também está no filme, como a prima mais ligada ao personagem principal.
Curiosamente, como parte da preparação do personagem, ela não pode saber nada além do básico sobre a trama do filme”. A produção executiva da película está a cargo do respeitado diretor inglês Stephen Frears, com dinheiro subsidiado pelo governo inglês, que, ironicamente, controla a polícia que cometeu o engano a ser retratado pelo filme.
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