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Críticas

Arquivo X – Eu Quero Acreditar

Novo filme esquece dos ETs

Por Luiz Joaquim | 25.07.2008 (sexta-feira)

Em agosto de 1998, as salas do multiplex UCI/Ribeiro no Shopping Recife inauguravam exibindo (entre outros) “Arquivo X – O Filme”. Um trabalho que, como outros criados a partir de uma série televisiva, visava fazer migrar seus fãs para as salas de cinema. Foi dirigido por Rob Bowman, um realizador medíocre, que fez um filme confuso e chato. Dez anos depois, chega às telas “Arquivo X – Eu Quero Acreditar” (The X File – I Want to Believe), uma seqüência tardia, que chega pelas mãos de Chris Carter, o criador da série que embalou os fãs (e eles são muitos) entre 1993 e 2002 a partir de teorias e investigações sobre a existência de extraterrestres.

Com as primeiras informações sobre a produção desta seqüência, os apaixonados pelo programa logo viram uma chance de encontrar aqui respostas ainda abertas mesmo depois de todos vários anos. Respostas que, no final das contas, esses fãs intuíam a resposta, mas só intuíam.

No filme, algumas delas são explicitadas o que não significa uma satisfação garantida para quem conhece toda a história do agente Fox Mulder (David Duchovny) e de sua parceira, a Dra. Scully (Gillian Anderson). No novo enredo, Mulder está recluso e, com uma clássica e longa barba desgrenhada, típica do personagens hollywoodianos enjeitados pela sociedade, ele vive com Scully, agora cuidando de pacientes infantis terminais, e inconformada com a burocracia acima da esperança.

Neste cenário, eles são procurados por uma jovem agente do FBI (a bela, mas desperdiçada, presença de Amanda Peet), que deseja seus serviços para encontrar uma outra agente do FBI misteriosamente (claro) desaparecida. Entram na trama criminosos russos homossexuais e um padre ex-pedófilo (ex- ?), colaborando nas investigações com seus poderes paranormais.

Se por um lado o primeiro longa soava quase indecifrável para os não-iniciados na mitologia da série, o atual corre livre e solto, com poucos sinais referindo-se às agruras pelas quais passaram Mulder e Scully, e a tensão entre o romance velado dos dois.

Isso permite que qualquer espectador possa curtir este filme mediano sem preocupações de conhecimento prévios, mas deve decepcionar os séquitos do casal protagonista. O fato é que “Eu Quero Acreditar” podia ser interpretado por George Clooney e Julia Roberts, ou Bradd Pitt e Angelina Jolie na pele do casal protagonista batizado com outros nomes, que não faria muita diferença na trama. Sobre o tão esperado beijo da dupla, alguns podem achar aguado, mas o comedimento não é nada deslocado, considerando que eles estão juntos há 15 anos.

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