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Festivais

32a Mostra SP (2008) – dia 22

32a Mostra SP (2008) – dia 22

Por Luiz Joaquim | 24.10.2008 (sexta-feira)

SÃO PAULO (SP) – Em três semanas chega aos multiplex “Vicky Cristina Barcelona”, novo longa-metragem de Woody Allen. Mas já nesta segunda-feira, 27, o público vai poder vê-lo aqui na 32ª Mostra de SP. Escrito assim mesmo, sem vírgula entre os nomes, o título do filme descreve a experiência incomum que duas melhores amigas, gringas americanas, Cristina (Scarlett Johansonn) e Vicky (Patricia Clarkson), vão passar com o mesmo homem (Javier Barden), em temporada na cidade espanhola.

Transbordando de charme pelo cenário e música catalã, e pelo estilo de vida do personagem de Barden e de sua ex-mulher (Penélope Cruz) – ambos pintores impetuoso e apaixonados pela vida – “Vicky Cristina…” é mais um universo criado por Allen para salientar o quão imprevisível é o amor. Com Cristina excitada por aventuras e Vicky centrada em compromisos sérios, Allen parece querer dizer que nenhum dessas prerrogativas importa quando o sangue começa a correr mais rápido nas veias.

CONTRATEMPO
Depois de Matheus Nachtergaele e Selton Mello debutaram como diretores, foi a hora da atriz Malu Mader (em parceria com Mini Kerti) mostrar seu “Contratempo”. Ao contrário dos dois atores, que dirigiram ficções, Mader e Kerti rodaram uma documentário cujo foco está nos integrants da escola de música Villa-Lobinhos, para jovens de comunidades carentes no Rio de Janeiro.

Mader e Kerti, esta, sócia da produtora Conspiração Filmes, levaram a idéia para João Moreira Salles na Videofilmes, que deu autonomia para elas mesmas dirigirem o trabalho. Resultou num mosaico de informações curiosas, algumas tocantes, desses jovens que vêem na música não só uma possibilidade de ascenção social, mas uma verdadeira forma de extravassar uma inquietação artística em alguns deles.

O olhar das duas diretoras, entretanto, parece tão fascinado pelo esforço destes jovens que o filme refleto isso, principalmente na montagem, quando em alguns momentos parece correr em direções aleatórias, sem deixar claro aonde quer chegar. O registro e comprometimento do filme com a realidade dos garotos são sérios, mas parecem carecer de um rumo norteador, que dê forma ao significado maior que está por trás de tudo aquilo, que não é a ascensão social, mas sim o amadurecimento dos jovens como indivíduos por intermédio da arte, da música.

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