41º Festival de Cinema Brasileiro de Brasília (200
Curtas pernambuconos selecionados para o Fest. de Brasília 2008
Por Luiz Joaquim | 15.10.2008 (quarta-feira)
Dois pernambucanos irão representar o Estado, na categoria curtas-metragens em 35mm, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que acontece de 18 a 25 de novembro, e que chega a sua 41ª edição. Marcelo Lordello e Renata Pinheiro foram selecionados com os respectivos trabalhos “N.º 27” e “Superbarroco”, entre 60 curtas inscritos no evento. Ao todo, foram selecionados 12 curtas em 35mm.
A reação, tanto de Marcelo Lordello como de Renata Pinheiro, foi de surpresa. Lordello relatou que a idéia de se inscrever no festival surgiu dos amigos. “Então, corri para finalizar o filme e o inscrevi”, destacou o cineasta, cuja produção tem como foco a vida dos adolescentes nos grandes colégios privados do Recife. O trabalho é uma produção da Trincheiras Filmes, com apoio da D7 Filmes. Lordello já conhece de perto o Festival de Brasília. No ano passado, fez a fotografia do curta “Décimo Segundo”, de Leonardo Lacca, vencedor da edição do ano passado do mesmo festival, além de participar do longa-metragem “Amigos de Risco”, de Daniel Bandeira, como primeiro-assistente, também selecionado para o festival brasiliense em 2007.
Enquanto Lordello já é veterano no evento, trata-se da estréia em grande estilo de Renata Pinheiro. “Superbarroco é o meu primeiro filme”, revela a cineasta. A obra tem como tema central a solidão, suas memórias e fantasias. A inspiração surgiu a partir da junção de duas temáticas: o fã clube de Dalva de Oliveira e o Barroco. “Mas foi só a inspiração, o filme não tem nada a ver com isso”, frisa Renata. Ambos, a partir de agora, irão correr atrás de patrocinadores para conseguirem finalizar suas produções.
Integrante da comissão que avaliou e selecionou os curtas, o pernambucano Daniel Bandeira – que, no ano passado, participou desse mesmo festival na categoria longa-metragem com o trabalho “Amigos de Risco” – revelou que um dos principais critérios de avaliação dos curtas foi o ineditismo. “Essa tem sido a tendência dos maiores festivais do Brasil, e Brasília tem adotado esse critério há alguns anos”.
Quanto aos filmes pernambucanos selecionados, o cineasta revelou que ambos pegaram a comissão julgadora – formada por cinco pessoas – pelo coração embora tenha se prezado pelo equilíbrio nos julgamentos. “Houve uma grande empatia da comissão pelos filmes pernambucanos”, destacou Daniel, afirmando que o filme de Lordello “partilha o lugar-comum, valoriza o olhar, a observação”, detalhes que vem sendo valorizados pelo festival de Brasília, que selecionou seis longas-metragens em 35mm, 12 curtas-metragens em 35mm e 34 títulos em 16mm.
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