Awake – A Vida por Um Fio
Amor, só de mãe
Por Luiz Joaquim | 04.10.2008 (sábado)
Tem estilo o desconhecido diretor britânico Joby Harold, que toca “Awake – A Vida por Um Fio” (Awake, EUA, 2007). O trailer do filme, que precede impunemente os títulos em cartaz nos multiplex, sugere um thriller enfadonho, com muita ação ‘deja vú’ a partir de uma sujeito rico que fica consciente, mas imóvel pela anestesia geral, durante um transplante de coração.
Vendo o filme, vai se descobrir que a história abre brechas interessantes para a relação desse joven herdeiro bilionário, chamado Clay (Hayden Christensen, também em “Jumper”) e sua mãe Lilith (a ótima Lena Olin, do inesquecivel em “A Insustentável Beleze do Ser”, 1988); além de nos dar uma bela representação cinematográfica para a idéia da morte, ou apagar da vida, pela ausência da luz.
Harold vai liberando doses adequadas de informação ao espectador o quão traumático, perigoso e doloroso significa a cirurgia do jovem rico, ao mesmo tempo em que mostra um apresenta seu romance com uma secretária de sua mansão, vivida por Jéssica Alba, muito bem como… Jessica Alba.
Acontece que, ao invés de ser cortado pelo maior especialista da América, Clay prefere fazer a tal cirurgia de sua vida com um médico amigo (Terrence Howard), fichado por quatro processos de imprudência médica. Estranho? É, mas fica pior quando “Awake” passa a tratar a situação da consciência de Clay durante a cirurgia com uma movimentação num campo metafísico.
Nada contra o assunto. Pelo contrário, o que poderia render um ótimo thriller sobre a impossibilidade de uma testemunha consciente de um crime em andamenteo (“Janela Indiscreta”) fazer algo para evitá-lo, vira aqui um deslize. Christesen, como ator, também não ajuda. Só revela limitações que parecem ter piorado desde de sua participação nas seqüências de “Guerras nas Estrelas”.
O ritmo de “Awake” imposto a ele a partir daqui ganha uma nova dimensão de “ação”, onde o espírito (?) do paciente precisa fazer alguma coisa para salvar seu corpo inerte na mesa de operação. A apresentação cria situações quase rizíveis pela narração em off do herói inerte. Hitchcock manda lembranças.
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