Mostra de SP (2008) – abertura
Evento gigante abre nesta quinta-feira, 16
Por Luiz Joaquim | 16.10.2008 (quinta-feira)
É sempre assim. Entre setembro e outubro de todos os anos (pelo menos desde meados dos anos 1980) a imprensa especializada em cinema no Brasil enlouquece dividida entre o Festival do Rio e a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Este último começa hoje sua maratona com a exibição de mais de 300 filmes programados até o próximo dia 30. Assim como a cobertura feita no Festival do Rio, o leitor do CinemaEscrito vai poder acompanhar também todos os detalhes da Mostra.
Pela proximidade temporal e gigantismo em sua programação, há uma concorrência sadia entre as duas organizações. São festivais gigantescos que precisam de patrocínio potentes para existirem. Nesse sentido, as articulações para se criar cada vez mais um evento melhor que o outro, quem sai ganhando é a cultura cinematográfica brasileira.
Este ano por exemplo, além da programação da ‘Perspectiva Internacional’, promovendo a première de alguns dos mais importante títulos mundiais, a Mostra organizou reapresentações especiais, debates, palestras, shows e uma grande lista de convidados internacionais. Entre eles Benício del Toro e o alemão Wim Wenders, que recebe o prêmio Humanidade, e terá uma mostra montada por ele com os filmes que ama. São “A Sereia do Mississipi” (Truffaut), “O Pequeno Soldado” (Godard), “O Fim do Verão” (Ozu) e outros. Entre as novidades, uma grande expectativa gira em torno do novo documentário de José Padilha, “Garapa”, sobre a fome no mundo.
Além de uma retrospectiva com obras raras do início da carreira de Ingmar Bergman, o evento também dá espaço para um programa com obras de Pablo Trapero. Mesmo com apenas cinco longas-metragens o argentino, como diz Walter Salles em texto escrito para a Mostra, “já tem uma escrita única e pessoal”. Outro cineasta em destaque é Kihachi Okamoto (1924-2005), mestre da era de ouro do cinema japonês, com sua produção concentrada num programa.
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