Parece só cristalizar ainda mais a idéia de que o sucesso de festivais de cinema dependem mesmo de uma boa safra de filmes. É claro que uma curadoria competente é essencial, mas não se pode fazer mágica sem coelhos dentro da cartola. Aqui no Festival Internacional de Cinema do Rio há uma comunhão de percepção entre os jornalistas que as opções projetadas nos primeiros sete dias do Festival não trouxeram nada realmente arrebatador (são pouquíssimas as exceções). Nem dos medalhões como os Irmão Coen (“Queime Depois de Ler”), Woody Allen (“Vicky Christine Barcelona”), nem dos premiados em Veneza, Cannes e Berlim, como “Adoração”, de Atom Egoyan, ou “Sinédoque”, de Charles Kaufman – este último um dos filmes-fetiche por aqui. Por outro lado, fala-se também que é para os últimos dias do evento que ficaram apontados as exibições de títulos peso-pesado. Esperemos.

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Cegueira cultural
Na manhã da sexta-feira veio à tona na mídia uma notícia que deixa a gente pensando como tem gente de `idéia curta` no mundo. A notícia dizia basicamente que a maior organização de cegos dos Estados Unidos, anunciou que ia se mobilizar contra o filme “Ensaio sobre a Cegueira”, em sua estréia por lá nessa semana, por considerar que retrata os portadores de deficiência visual como depravados. Pelo amor de Deus… O pior cego é o megalomaníaco.

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Animage
Como já havíamos anunciado aqui na coluna, entre os dias 25 e 30 de novembro tem partida (no Cinema da Fundação) o Animage – 1º Festival Internacional de Cinema de Animação de Pernambuco. Novas informações dizem que o evento será gratuito, oferecerá mostras competitivas e não-competitivas de longas e curtas, com animação para adultos e crianças, além de disponibilizar seis oficinas. Haverá prêmios totalizando R$ 7 mil e as inscrições estão abertas por (www.animagefestival.com). Quem realiza é a Reac Beat Produções Artísticas.

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Cabaré
Domingos Oliveira, que aqui no Festival do Rio projeta seus “Juventude” e “Todo Mundo tem Problemas Sexuais” (passa depois de amanhã), vai ganhar uma cinebiografia dirigida pela atriz Maria Ribeiro (que atuou em “Separações”). Com o título “O Homem Cabaré”, vai mostrar o cotidiano do artista e sua criação baseada nos amores, na velhice e no trabalho.

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Comédia
Causou boa impressão a première no Cine Odeon (Rio) de “Um Romance de Geração” na última quarta-feira. A comédia de David França Neves fala de um escritor de um livro só, adorado pela crítica, e que não consegue produzir mais nada. A história, definida como uma mistura de Sherazade com Notas do Subterrâneo, de Dostoievisky, fez a platéia carioca gargalhar. Baseado no livro de Sérgio Sant`Anna, o filme traz no elenco Isaac Bernat, Lorena da Silva, Suzana Ribeiro e Nina Moreno.