Vaidades
Câmera clara
Por Luiz Joaquim | 28.11.2008 (sexta-feira)
Começa segunda-feira (dia 1-dez) o 10º Festival de Vídeo de Pernambuco. A exibição dos filmes corre dentro de programas competitivos. Isso significa que alguns novos e alguns veteranos concorrentes começam hoje mais uma jornada de ansiedade que só encerra com o anúncio dos vencedores, que deve acontecer no sábado.. Essa expectativa é inerente a qualquer ser humano, e ela fica mais forte quando está em jogo um trabalho realizado com bastante dedicação. Se é uma forma de expressão então, a coisa fica mais séria porque ali está um pouco da visão do mundo de seu autor. No caso de um trabalho audiovisual, com pinceladas de autoralidade, é comum no meio cinematográfico alguns desses ‘autores’ ficarem perturbados com críticas valorativas sobre a obra. Levam para o lado pessoal, lendo a crítica como se fosse mesmo um ataque a sua pessoa, e não uma análise fria sobre seu produto. Do outro lado, há, infelizmente, algumas críticas que são de fato pessoais, relevando o que teria importância na questão, ou seja, o filme em si. O mais saudável mesmo parece ser esquecer o quesito ‘premiação’ num festival e ponderar sobre as críticas negativas, e positivas também. É evidente que qualquer reconhecimento faz bem, mas premiações, como qualquer processo na vida, tem sua relatividade. Restringem-se ao conceito de um punhado de jurados que pode ser mais acertado ou menos acertado, mas nunca absoluto. Nesse sentido, ter seu trabalho exibido ao público deveria ser o maior prêmio. Da mesma forma, é preciso também aprender a enxergar seu trabalho pelo ponto de vista dos outros. Ouvir costuma ser um ótimo exercício, e um festival é um momento bastanto propício para isso, uma vez que sua obra é exibida para dezenas ou centenas de pessoas. Concordar ou não com a opinião do outro também não é importante. Importante é discutir essa discordância ou concordância. Acima de tudo, a lição imprescindível é aprender. Sempre.
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ITÁLIA
Quinta-feira inicia a Mostra Venezia Cinema Italiano, pelo segundo ano no Cinema da Fundação. Organizado pelo Consulado da Itália, a mostra trás seis filmes italianos que exibiram no Festival de Veneza, em agosto último, e um clássico “O Monstro” (1963), de Dino Risi. O filme que abre a mostra é “Birdwatchers – Terra Vermelha”, elogiada co-produção Brasil/Itália de Marco Bechis, que também abriu a Mostra 2008 de de São Paulo. No elenco, Matheus Nachtergaele e Leonardo Medeiros, entre outros.
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BLU-RAY
Bem na hora das férias de final de ano, a Samsung anuncia que seus players Blu-Ray serão possíveis de conectar a Internet e serem atualizados para terem a capacidade de acessar cerca de 300 filmes e programas de TV em alta definição (720 pixels por resolução). Até agora, o modelo Bd-P2500 e Bd-2550 ofereciam a possibilidade de apenas passar filmes na definição padrão. Proprietários do equipamento poderão requerer a atualização pela Internet.
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LURHMAN
Como no seu anterior “Moulin Rouge”, o diretor autraliano Baz Luhrman tem recebido conflitantes críticas sobre seu novo filme “Austrália”, que custou R$ 130 milhões de dólares. O épico tem sido descrito por alguns críticos australiano como “E O Vento Levou” de lá. O americano Roger Ebert, do Chicago Sun-Times disse que Luhrman foi capaz de recriar muido de “E O Vento…”. Chamou de um filme elegante e com a mesma força para deixar um legado a respeito do racismo nacional. Disse que é um filme com todas as promessas e implicações que um filme possui. Já Claudia Puig, no USA Today, diz o inverso. “Tenta ser um épico romântico, ao invés disso, é um tedioso exercício de melodrama…. é convencional e clichê”. Esperemos então, para conferir. Aqui no Brasil sua estréia é prevista para 24 de janeiro.
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