Primeira segunda-feira de 2009. O que esperar? O melhor, sempre. A questão é que “o melhor” é uma idéia subjetiva e quando se fala em cinema, todos se arvoram como especialistas. Nada a criticar nessa prática, mesmo porque é a si mesmo que se vê nos filmes e é a si que se defende ou crítica, quando se defende ou critica-se um filme. Já tratamos sobre esse aspecto psicológico aqui mesmo na coluna quando comentamos sobre o que leva uma pessoa a chorar num mesmo filme em que uma outra pessoa não derrama uma lágrima (ou até acha graça de quem o faça). Sendo assim, se tomarmos como base gostos específicos, fica difícil prever como será o novo ano, como o é, inclusive, avaliar o ano que passou. Mas, indo para um plano mais concreto, independente de “gostos”, sabemos que o cinema é uma indústria e, como tal, deve sofrer na pele o que todos os economistas sérios estão vaticinando para o ano que inicia, ou seja, os efeitos da crise. Há porém uma variável que sempre desestabiliza a indústria: o público. Previsões podem ser feitas (caso contrário a indústria não sobreviveria), mas não é incomum ler alguma notícia sobre os executivos do cinema abobalhados com o sucesso inesperado de uma obra que nem tinha sido “programada” para virar arrasa-quarteirão. Dois exemplos recentes atendem pelo nome de “Mamma Mia!” e “Crepúsculo”. Sendo assim, sejamos otimistas e esperemos em 2009 surpresas. As melhores, mesmo que subjetivamente.

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NÁRNIA
Receosa com a crise econômica, a Disney anunciou há duas semanas que não deve co-produzir e co-financiar “As Crônicas de Nárnia (The Voyage of The Dawn Treader) com a Walden Media. O filme foi anunciado como já em produção, com lançamento marcado para maio de 2010. Os dois filmes anteriores da série custaram, cada um, cerca de US$ 200 milhões, mas enquanto o primeiro rendeu US$ 745 milhões pelo mundo, o segundo “só” arrecadou US$ 419 milhões. A Walden Media disse que irá procurar outro parceiro.

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Homem de Ferro
O vilão do novo “Homem de Ferro” (estréia no Brasil em 30 de abril de 2010) foi anunciado e para surpresa de todos, os atores serão os desconhecidos John “Sulu” Cho (da série Ugly Betty) e Tommy Chong. O primeira viverá o Mandarin e o segundo seu inventor. Sobre as escolhas a revista “EW” comentou: “Ok Fravreau (diretor do filme), você conquistou nossa confiança, mas essa escolha é no mínimo um degrau abaixo de Jeff Bridges”.

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Benjamim
Em 2005, o furacão Katrina devastou Nova Orleans, que serve de pano de fundo para a trama de “O Curioso Caso de Benjamin Button”, de David Fincher com Brad Pitt e Cate Blanchett. A cidade já estava prevista como locação para o filme, rodado entre 2007 e 2008, mas os estragos causados pelo desastre natural colocaram em risco a realização das filmagens. Mesmo assim o filme aconteceu por lá. Sensibilizado pelos efeitos da catástrofe, Pitt anunciou o projeto “Make It Right”, que tem como objetivo a construção de casas ecológicas na região. Pela iniciativa, Pitt ilustrará a capa da edição deste mês da revista “Architectural Digest”. O filme estréia por aqui próximo dia 16.