A Troca e Grilo Feliz e Os Insetos Gigantes
Eastwood testa as mães usando Angelina Jolie
Por Luiz Joaquim | 09.01.2009 (sexta-feira)
Mal comparando, assim como o show de Robert Carlos no final de todo ano, no início de quase todos os anos também temos um novo trabalho de Clint Eastwood, 78 anos, nos cinemas. Às vezes dois, como é o caso de 2009. Hoje chega ao circuito brasileiro “A Troca”, com Angelina Jolie, e, dia 6 de fevereiro, “Gran Torino” com Eastwood atuando além de dirigir.
Não por acaso, esses filmes começam a circular pelo mundo comercialmente entre outubro e janeiro, com o foco no Globo de Ouro (que acontece nesse domingo próximo) e o Oscar (que acontece dia 22 de fevereiro).
Isso porque o nome de Eastwood agregou, já faz tempo, valor autoral e comercial em seu trabalhos. Isso costuma significar êxito de crítica e público. Daí a proximidade do lançamento com as duas festas da indústria norte-americana. “A Troca”, exibido em Cannes 2008, concorre ao Globo de Ouro pelo roteiro original e pela performance de Angelina Jolie por um filme dramático.
A primeira informação que temos na tela é que veremos “uma história real”, assertiva que parece abrir ainda mais nossos olhos. Aconteceu em 1928, quando a telefonista Christine Collins (Jolie) volta para casa e não encontra seu filho de 10 anos. Ela procura a polícia de Los Angeles e, cinco meses depois, tem seu filho devolvido pelas autoridades.
O drama começa quando, ao receber a criança, ela percebe que ele não é seu filho e apesar de insistir em esclarecer o erro, a polícia insiste em não assumir o erro. Começa então um luta por Collins em encontrar seu verdadeiro filho e provar a incompetência da polícia (já corrupta) que nunca termina.
Jolie tem aqui um presente para mostrar suas habilidades. Na verdade, é uma faca de dois gumes porque Collins foi uma mulher emblemática no final dos anos 1920, que virou exemplo de perseverança. Há tanto sofrimento e humilhação sobre sua figura materna que a performance de Jolie (também uma mãe profissional), podia sofrer pelo risco do overacting, não por ela, mas pelos absurdos que ela é obrigada a sofrer. Absurdos reais, vale lembrar.
GRILO
Em 2001, o brasileiro Walbercy Ribas realizou o sonho de lançar sua animação em longa-metragem “O Grilho Feliz”. Trabalho resultado de uma empertigada dedicação e que ganhou certo carinho do público infantil. Hoje chega sua segunda empreitada, “O Grilo Feliz e Os Insetos Gigantes”, projeto tocado com seu filho Rafael Ribas.
Uma das novidades é a animação criada em formato volumétrico digital, e a presença dos sapos rappers Netão, Sinistro e Caradura interessados em gravar um CD. A novidade dá uma atmosfera mais urbana que o filme anterior, mas também cria uma confusão, mas costurada com as outra histórias paralelas que correm ao lado da do Grilo Feliz, interessado em apenas ensinar música às crianças. Músicas do tipo “Amor Maio” do Jota Quest, e “Festa”, de Ivete Sangalo.
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