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Críticas

Monstros Vs Alienígenas

Um quinteto improvável salva o mundo

Por Luiz Joaquim | 03.04.2009 (sexta-feira)

Não pára, e não vai parar tão cedo, o lançamento de filmes divertidos no formato 3-D digital. A novidade da semana – cuja sala 5 do Box Guararapes é a única no Grande Recife, por enquanto, a oferecer a experiência tridimencional – chama-se “Monstros Vs. Alienígenas (Monsters Vs Alienígenas, EUA, 2009), de Rob Letterman e Conrad Vernon.

Com tema e dramatização chupadas diretamento dos estigmatizados ‘filmes b’ dos anos 1950, a animação mostra a Terra sendo invadida por alienígenas hostis. Com a forma que mistura a de um polvo com a do ‘Alien’ de Ridley Scott, eles querem sugar da terra a energia que vai repovoar seu planeta de origem.

Os humanos tentam de tudo para impedir o ataque. A figura central é o idiotizado Presidente dos Estados Unidos, que sempre confunde o botão do cafezinho com o da bomba atômica (menção a “Dr. Fantástico”?). Curioso como “Monstros….” ironiza o próprio cinema do gênero pelas falas do noticiário da TV: “Os aliens invadiram os EUA, o único país que eles parecem conhecer”, diz o jornalista.

É quando um militar lembra dos cinco monstros que o governo americano vem mantendo em segredo e que, com seus poderes especiais, seriam os únicos com força e coragem suficientes para encarar os invasores. O quinteto de heróis é o mais improvável – e estranhamente sintonizado – que se possa pensar.

Um cientista que virou uma barata; um homem-peixe descongelado do passado; uma geléia ambulante, descerebrada e que tudo devora; um gigantesco inseto que destrói edifícios, e Susan, uma mulher que, após atingida por um meteoro no dia de seu casamento, cresceu até atingir 15 metros de altura.

Interessante o foco do desenho na garota gigante, que só pensa em voltar para o noivo e ter uma vida normal. Seus únicos amigos, as quatro aberrações, a tratam com o respeito e reverência que uma dama merece. Apesar de seu tamanho, Susan desconhece seu potencial e, na expectativa de re-encontrar o parceiro, esquece do valor em si própria. ô na luta contra os alienígênas que ela vai se descobrir uma mulher independente e livre.

À propósito, os designers capricharam no charme criado para as formas e gestos de Susan. “Monstros Vs…” só é, ainda, discretos nos artifícios tridimensionais. Na verdade, parece ser um reflexo do fato que a quantidade de salas equipadas para a tecnologia ainda é pequena, sendo o filme distribuído também no formato 2D. em outras salas tradicionais. A animação é, de qualquer maneira, um belo exemplo para meninada que que deve ir aos cinemas, assim como o exemplo da camaradagem entre o grupo de monstros que percebem a necessidade de um trabalho em grupo para atingir um objetivo difícil.

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