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Festivais

4o CinePort (2009) – dia 7

Multiculturalismo marca o 4º CinePort

Por Luiz Joaquim | 08.05.2009 (sexta-feira)

JOÃO PESSOA (PB) – É preciso dexar claro que apesar de levar ‘cinema’ em seu nome, o CinePort: Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, que promove a premiação de sua 4ª edição amanhã (9) à noite nesta capital, é um evento cujo abrangência extrapola a expressão do audiovisual. Espalhados pelo QG do evento, a Usina Cultural Energisa, estão duas exposições: uma fotográfica (sobre Moçambique) e outra plástica, com bodes de gesso em tamanho natural, devidamente transformados, cada um, por diversos artistas plásticos da cidade.

A programação do CinePort oferece ainda performances de dança, recital de poesia, lançamento de livros e shows musicais, sem mencionar as oficinas e seminários. O detalhe é que estas atrações não se limitam às produções da Paraíba, mas também dos outros sete países que têm o português como lingua oficial. Infelizmente, a programação de longas-metragens deste ano trouxe, do exterior, apenas obras de Portugal, diferentemente da edição 2007 do bienal CinePort.

Temos curtas e médias africanos – ontem (7), por exemplo, exibiu a trilogia em médias-metragens da moçambicana Isabel Noronha, homenageada por aqui -, mas a ausência de longas reflete a dificuldades de produção de filmes em 35mm destes países. Já de Portugal, que nos oferece títulos que dosam tanto um tradicionalismo quanto um vanguardismo em sua cinematografia, é necessário chamar a atenção para o nome do produtor Paulo Branco.

De seu crédito como produtor, tivemos, até onde pudemos acompanhar, quatro filmes exibidos nessa semana por aqui: “Mal Nascida”, “Body Rice”, “Transe” e, exibido na quinta-feira, “A Outra Margem”, de Luiz Filipe Rocha. Com uma condução linear e tradicional, este último une um travesti (Filipe Duarte), que tentou o suicídio após a morte de seu companheiro, a sua irmã (Maria D`Aires). Ela o reencontra 16 anos após ele ter deixado sua cidade natal. Indo viver com a irmã, descobre que tem um sobrindo adolescente com Sindrome de Down e daí inicia uma amizade incomum.

Também na quinta-feira (7), provocou enorme rebuliço a sessão homenagem ao coletivo Laz Luzineides. Elas formam um irreverente grupo de três garotas – Ana Isáura, Ana Rogéria e Ana Bárbara Ramos, esta última diretora do curta “Cabaceiras” – que há 11 anos agitam com reconhecido talento a cena audiovisual da Paraíba. Na sessão, foram projetados 12 vídeos feitos pela nova geração pessoense de realizadores. Pelo resultado, a Paraíba pode se orgulhar de seu cinema.

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