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A autoria, de direito

Câmera clara 162

Por Luiz Joaquim | 25.05.2009 (segunda-feira)

Na Câmara Clara anterior, informamos do convite para testes de elenco para o filme “A Vida Plural de Layka” em pré-produção e sob direção de Neco Tabosa. Pois bem, o mesmo Neco Tabosa iniciou, semana passada, uma discussão pertinente sobre a emissão de registro de direito autoral para argumentos/roteiros de cinema e tv. Em carta eletrônica enviada para a Delegacia Regional do Ministério da Cultura no Nordeste – entre outros destinatários – o cineasta lembra que desde janeiro de 2009, por determinação de Alessandra Moreira, representante da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, está proibida a emissão de comprovante de requerimento pelo tal documento por parte do Escritório de Direitos Autorais (EDA/PE) da Biblioteca pública do Recife (ao lado do Parque 13 de Maio). O documento, explica o cineasta, é uma exigência para a inscrição em vários concursos de roteiros, de música, teatro, etc., e a não realização desse serviço por parte do EDA/PE dificulta e atrasa o trabalho de centenas de realizadores de três Estados (Pernambuco, Paraíba e Alagoas) que utilizavam a sede pernambucana. Para conseguir o comprovante do requerimento, hoje o realizador precisa enviar os documentos necessários e uma ficha de requerimento preenchida para o Rio de Janeiro e esperar pelo prazo de até 90 dias úteis para receber a resposta (ou o pedido de retificação/acréscimo de documentos, se necessário). Em resposta a reclamação, a Subgerente Administrativa do EDA, Regina Santiago, comenta que o EDA/PE já não “captava o requerimento de registros há alguns anos”, devido “à ausência de malote entre as instituições”. Ela explica que, uma vez protocolados no ECA/PE, os documentos ficavam sob a indevida responsabilidade do requerente para que este o enviasse pelo correio para o ECA/RJ, “configurando completa irregularidade”. Regina Santiago explica que o pessoal do EDA/PE continua informando e orientando os autores para evitar erros no envio do material a ser remetido ao Rio de Janeiro, evitando pendências que gerem atrasos no processo do registro. Lembra ainda que a gerência do EDA está enviando esforços para regularizar a situação de todos os postos estaduais do EDA pelo Brasil. Numa e-mail de tréplica, Neco Tabosa apenas lamentou a “completa irregularidade” do serviço do EDA/PE, definindo-o como “mal feito”, e sugere a implantação de um serviço de malote competente entre os escritórios do EDA para resolver o problema. Enquanto isso não acontece… esperemos.

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GARAPA
José Padilha (diretor de “Tropa de Elite”) trabalha no lançamento de seu novo filme “Garapa”, documentário sobre a fome no Brasil sob a perspectiva de três famílias no Ceará. O filme ganhou um alicerce forte no lançamento ao firmar parceria com a campanha “Alimentação: Direito de Todos”, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que quer incluir a alimentação entres os direitos sociais previstos na Constituição. A pré-estreia do filme em Brasília acontece amanhã, às 21h30. O filme exibe também em Salvador, nesta quinta-feira.

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TRIUNFO
Vai até quarta-feira o prazo para as inscrições de filmes e vídeos de todo o país no 2º Festival de Cinema de Triunfo, que acontece entre 2 e 7 de agosto no interior de Pernambuco. Sob a organização da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em parceria com a prefeitura municipal de Triunfo, a iniciativa vai garantir uma premiação total de R$ 26 mil para trabalhos em longas e curtas-metragens (curtas em 35mm ou digital). Mais detalhes em (www.fundarpe.pe.com.br).

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MULHER INVISÍVEL
Em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Niterói, Salvador e São Paulo acontece nessa sexta-feira a pré-estréia do novo filme de Cláudio Torres (diretor de “Redentor”, 2005). Chama-se “A Mulher Invisível” (foto acima) e conta com Selton Mello e Luana Piovani no elenco. Os banners de divulgação já estão espalhados nos multiplex do Recife há algumas semanas, mas o filme só entra em cartaz mesmo em 5 de junho. No enredo, o personagem de Selton Mello acreditava no casamento, mas foi abandonado pela esposa. Após três meses de depressão e isolamento, uma mulher (Piovani) bate a sua porta pedindo uma xícara de açúcar. Ele se apaixona por essa mulher que é carinhosa, sensível, inteligente, uma amante ardente, que gosta de futebol e não é ciumenta. Mas…. ela não existe.

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