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Festivais

19o CineCeará (2009) – abertura

Cine Ceará estuda o fenômeno Che Guevara

Por Luiz Joaquim | 28.07.2009 (terça-feira)

Começa hoje o 19º Cine Ceará: Festival Ibero Americano de Cinema, o mais tradicional festival de cinema do Nordeste em atividade. Este ano, o Cine Ceará saiu enfraquecido em função da malfadada crise econ”mica que perturbou o planeta no final do ano passado e início deste. O principal patrocinador do festival, a Petrobrás, reviu a postura para o evento fortalezense, o que acabou por determinar o adiamente de suas atividades para este mês, quando era tradicionalmente em abril.

Pode não parecer importante o mês de realização mas, sim, ao acontecer após o CinePE e Festival de Paulínia, o Cine Ceará sai fragilizado pelas poucas possibilidades de novos filmes brasileiros para ter sua premiere ali. O reflexo está no tamanho mais curto do evento (oito dias) e na seleção 2009 de longas-metragens nacionais selecionados. Dos quatro filmes na mostra competitiva, que tem início amanhã, apenas um (“Pequeno Burguês: Filosofia de Vida”, de Edu Mansur) é inédito no cenário nacional, ao contrário de “Se Nada Mais der Certo”, de Jose Eduardo Belmonte; “À Deriva” (que estreia em circuito comercial nessa sexta-feira), de Heitor Dhalia; e “O Homem que Engarrafava Nuvens”, de Lírio Ferreira.

Entre os estrangeiros, que traz o leque mais interessante da seleção desde que o festival ganhou a alcunha de Ibero Americano em 2006, estão as produções: “Haroldo Conti: Homo Viator” (Argentina), de Miguel Mato; “Coração do Tempo (México), de Alberto Cortés; “Os Deuses Quebrados” (Cuba), de Ernesto Daranas; e “O Prêmio” (Perú), de Alberto Chicho Durant.

A mostra competitiva de curtas-metragem traz apenas um pernambucano da nova safra: “Superbarroco”, de Renata Pinheiro. Desde 2007, o Cine Ceará também assumiu a postura de discutir o cinema pelo viés da educação e nesse sentido vem fazendo algumas mostras especiais, paralelas à competitiva. Em 2009, a produção apresenta uma grande seleção de curtas de animação latino americano, que terá mesas de debates inclusive com a presença do pernambucano Lula Gonzaga.

Também em foco, uma mostra sobre a figura de Che Guevara chama “Che: Olhares no Tempo”, com a exibição de 13 filmes (entre clássicos e novos) que observam o perfil e o legado deixado pela mitológica figura revolucionária. Entre eles estão “Personal Che”, de Douglas Duarte, e “Mi Hijo el Che”, de Fernando Birri. À propósito, o filme que abre hoje o festival é a segunda parte de “Che: Guerrilha”, dirigido pelo norte-americano Steven Soderbergh, com a presença do ator Santiago Cabrera. A primeira parte ainda pode ser vista no Recife, em cartaz no Cineteatro do Parque. O leitor do CinemaEscrito poderá acompanhar a cobertura do 19o Cine Ceará a partir sábado, 01 de agosto.

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