O 2ø Janela Internacional de Cinema do Recife inicia hoje com 150 filmes. Além das mostras competitivas e especiais de curtas-metragens, a grade de programação vem mais consistência em longas-metragens que no ano passado.

São oitos obras que terão sua primeira exibição no Recife. Alguns com pedigrée internacional, que certemante terão seu ingressos esgotados rapidamente – como “Abraços Partidos” , de Almodóvar (domingo, às 21h30), e “Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo” (hoje, 21h), de Marcelo Gomes. Mas vale a dica ao espectador para ficar atento aos outros seis longas, menos celebrados pela mídia, mas igualmente potentes na competência de proporcionar prazer cinematográfico.

A começar, sem nenhum bairrísmo, pelos documentários pernambucanos da Símio Filmes “Um Lugar ao Sol” (sexta 23, às 21h), de Gabriel Mascaro, e “Pacific” (sábado 24, às 19h), de Marcelo Pedroso. Eles certamente não estão na grade por simpático conterrânea, mas por mérito. Que o diga Mascaro, que vem amealhando elogios pelo mundo inteiro (incluindo aí a revista norte-americana Variaty), pelo seu sagaz olhar para os moradores das coberturas de edifícios e suas idiossincrasias, nos dando um painél inédito sobre esse mundo inacessível para muitos. Já Pedroso apresenta em primeira mão seu exercício pelo qual resgata imagens feitas por vários passageiros com suas próprias filmadoras de um cruzeiro a Fernando de Noronha e, costura uma colcha de retalhos, nos oferecendo um olhar particular sobre esse percurso.

Ainda do Brasil, Recife poderá ver a estreia do crítico carioca Eduardo Valente à frente de um longa-metragem. O seu “No Meu Lugar” (quinta, 21h). Imperdível são também “Double Take” (domingo, 16h) tendo Hitchock como protagonistas a partir de imagens de arquivo, e o vencedor em Gramado 2009 “Corumbiara” (segunda, 18h30), de Vincent Carelli, além de “Politis, Adjectiv” (amanhã, 21h30), do recém-cultuado cinema romêno.