Publicinema
Câmera clara 178
Por Luiz Joaquim | 02.11.2009 (segunda-feira)
Que fascínio é esse que o cinema promove nos publicitários? Não é de hoje que o assunto rende polêmica, com diversos profissionais da propragando migrando para a produção cinematográfica e, cocumente, suscitando controvérsias do ponto de vista do resultado de seus discurso e estética. Um caso já clássico foi o de Fernando Meirelles com “Cidade de Deus” (CdD), que rendeu bate-boca pela conceito lançado pela pesquisadora carioca Ivana Bentes e batizado de “Cosmética da Fome”. Mas Meirelles já ultrapassou esta questão com outros bons trabalhos, igualmente competentes quanto o que lhe projetou internacional. Há hoje (e sempre haverá) muitos publicitários que insistem em fazer parte de um time que lhes colocariam ao lado de gênios como Theo Angelopoulos ou Manoel de Oliveira, só pra lembrar de dois cineastas sob foco na 33ª Mostra de SP. Se formor por esse raciocínio, é fácil entender o apelo do cinema sobre publicitários. A publicidade, apesar de seu inquestionável valor na vida contemporânea, é ainda assim, uma função movimentada por um impulso monetário, financeiro. Há criativadade nela, algumas boas, mas sempre efémeras, tendo a sastisfação do cliente em primeiro lugar. Em segundo, o lucro. O cinema comercial nem é tão diferente (basta trocar ‘cliente’ por ‘espectador’), mas ainda assim, há no cinema, pela sua ontologia, uma brecha para se realizar uma obra que tenha mais a dizer além do que vender um produto, e com efeito para toda uma vida. É a esse status, o de ser um homem de idéias, o de um homem que vende alimento para o espirito, que o publicitário quer alcançar. Uma pena que em sua maioria, eles venham impregnados de vícios do oficio mercadológico, não só no aspecto temático quanto estético. Como melhor (pior) exemplo disso, temos o recém-exibido em São Paulo, “Sem Fio”, do paulista Tiaraju Aronovich. Algo realmente pronto para ser esquecido.
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Cronenberg
O diretor canadense David Cronenberg prepara uma adaptação do romance “Cosmopolis”, de Don Delillo, produzido pelo português Paulo Branco. A ação deve acontecer entre Toronto e nos Estados Unidos.
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Dhalia
Heitor Dhalia trabalha em dois projetos de longa-metragem: “Depois da Ilha”, no qual vários casais numa ilha enfretam problemas de relacionamento, e “Uma Mulher e Uma Arma”, que se passa no submundo de Buenos Aires. Lá, acompanhamos um ‘caçador de homens’ que é contratado para encontrar traidores, e uma estrangeira recém-chegada do exterior.
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Santeiro
Já Daniel Flho, que não é bobo nem nada, concentra-se na pré-produção da versão para o cinema de “Roque Santeiro”, com Lázaro Ramos, Fernanda Torres e Antônio Fagundes no elenco. A produção deve começar as filmagens em maio de 2010. Antes disso, Daniel Filho lança “Chico Xavier”, dia 2 de abril, com Nelson Xavier no papel do mestre espírita,
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Concurso acadêmico
O MinC abriu inscrições para o Prêmio SAV para publicação de Pesquisa em Cinema e Audiovisual, que vai selecionar pesquisas e studos acadêmicos ou independentes sobre cinema e audiovisual brasileira. Inscrições abertas de 20 de novembro até 18 de dezembro. Podem se inscrever pós-graduandos e pós-graduados, ou pesquisadores independentes. As três pesquisas selecionadas receberão terão a publicação de um livro, com tiragem de 1.500 exemplares. Resultado saí 8 de março de 2010.
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