É hora de pensar o cinema brasileiro. A organização da Mostra de Cinema de Tiradentes, que inicia próximo dia 22 na histórica cidade mineira, divulgou ontem a seleção desta sua 13á edição. Entre os 128 títulos selecionados, cinco pernambucanos despontam com destaque: Os longas-metragens “Um Lugar ao Sol”, de Gabriel Mascaro, “Pacific”, de Marcelo Pedroso (ambos da Símio Filmes), e os curtas “Recife Frio”, de Kleber Mendonça (também selecionado para o festival de Roterdã) e “Não me Deixe em Casa”, de Daniel Aragão (selecionado para o festival de Clermont-Ferrand, França). Estes últimos estão na “Mostra Foco”, dedicada aos curtas “mais representativos do ano”, seguindo a curadoria do evento – os críticos Cléber Eduardo e Eduardo Valente.

O quinto pernambucano entra por tabela. Trata-se de “Viajo porque Preciso, Volto porque te Amo”, de Marcelo Gomes e Karin Aïnouz. O cearense Aïnouz será homenageado em Minas Gerais, ganhando exibição de seus filmes mais premiados. A coordenadora do evento, Raquel Hallak, ressalta que um dos principais e permanentes desafios da Mostra é “propor uma reflexão e se renovar com as mudanças do audiovisual, com perspectivas para o futuro”.

Nesta ano, o tema da mostra é “Paradóxos do Contemporâneo”, que terá três debates abordando o assunto. Sobre o tema, Cléber Eduardo explica que propõe “os paradoxos como matéria de reflexão não encerrar uma discussão por não se ver no universo discutido caminhos preponderantes. A intenção é alavancar uma discussão sem cair em dualidades simplificadoras”.

Tiradentes anuncia sete longas inéditos nessa edição, incluindo uma pré-estréia mundial: o documentário gaúcho “Dá um Tempo”, de Evandro Berlesi e Rodrigo Castelhano. Além da mostra Foco, o evento em Tiradentes – que encerra dia 30 de janeiro – é dividida nas mostras “Olhares” (com filmes premiados), “Vertentes” (com obras que dão noção de multiplicidade) e a “Cena Mineira” (com produções daquele Estado). O leitor poderá a cobertura de Tiradentes pela Folha de Pernambuco.