67º Globo de Ouro (2010) – premiação
Avatar é eleito o melhor drama
Por Luiz Joaquim | 18.01.2010 (segunda-feira)
Realizou-se na noite de ontem, no Bervely Hilton Hotel, em Los Angeles (EUA), a 67á edição do Globo de Ouro, cerimônia promovida pela Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood. Apesar de conhecido no planeta como uma prévia do Oscar, vale lembrar que nem sempre as premiações correspondem para os dois eventos. Em 2009, por exemplo, Mickey Rourke levou o Globo de Ouro de ator dramático enquanto Sean Penn ficou com o Oscar de melhor ator.
Ontem, o campeão em indicações era “Amor Sem Escalas” (que estreia sexta-feira), mas o eleito como melhor filme dramático foi “Avatar”, de James Cameron, que também levou melhor direção. Como melhor comédia ou musical, o inesperado aconteceu, venceu o despretencioso “Se Beber, Não Case” (batendo o musical “Nine”). O vencedor foi um sucesso absoluto de público no mundo, e deve ganhar uma sequência ainda em 2010.
Christoph Waltz foi eleito o melhor ator dramático por “Bastardos Inglório”. A premiação solitária para o filme(concorria em quatro categorias) deixou seu diretor, Quentin Tarantino, visivelmente decepcionado. O austríaco Waltz fez um discurso elegante ressaltando que Tarantino ampliou o mundinho em que ele vivia não só num mundo maior, mas também dourado.
O agradecimento de Sandra Bullock, melhor atriz dramática por “The Blind Side”, também foi no espírito de Waltz. A atriz agradeceu a Associação de Imprensa por a ter colocado “naquele lado do muro”. “Posso não ser talentosa, mas soube aproveitar uma oportunidade”, salientou bastante tranquila.
Na comédia/musical, a eleita foi Meryl Streep por “Julia & Julia”, que concorria com ela própria por “Simplesmente Complicado” (e com Bullock por “A Proposta”). O ator cômico eleito foi Robert Downey Jr. por “Sherlock Holmes”, Irreverente, Downey Jr. correu ao palco para dizer que não ia agradecer ao produtor, nem ao diretor, nem à sua esposa. “Se eles não tivessem me influenciado, ele estaria muito melhor lavando pratos em algum lugar”.
Um dos prêmios mais justos e celebrados foi o de ator, pela comédia “Crazy Heart” (levou também melhor canção), para Jeff Bridges. O veterano ator, sempre relegado pelas premiações hollywoodianas, foi aplaudido de pé. Recepção assim apenas para o prêmio honorário da noite, para o Sr. Martin Scorsese, recebido das mãos de DiCaprio e De Niro. Como um verdadeiro professor, respeitado, toda a plateia de estrelas nem piscava quando Scorsese falava da honra de ter seu nome ligado ao de Cecil B. DeMille (título do troféu), lembrando ainda o seu “Os Bons Companheiros” como seu trabalho mais próximo ao espírito do trabalho de DeMille.
Outro momento emocionante da noite esteve na presença da grande dama do cinema italiano, Sophia Loren, que esteve lá para reafirmar o talento de um dos melhores diretores hoje em ação na Europa, Michael Haneke. Ele venceu na categoria filme estrangeiro por “A Fita Branca”, que estreia no Brasil dia 19 de fevereiro.
A melhor animação (e também canção) foi para a ‘barbada’, “Up: Altas Aventuras”, anunciada pelo Beatle Paul MacCartney que brincou sobre as animações de hoje dizendo que são “para adultos que usam drogas”. No campo televisivo, o Globo de Ouro escolheu “Mad Men” como melhor série dramática, e “Glee” como melhor musical/comédia. A melhor mini-série ou telefilme foi para “Grey Gardens”.
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