A Morte e a Vida de Charlie
Romance espírita
Por Luiz Joaquim | 14.01.2010 (quinta-feira)
“A Morte e a Vida de Charlie” (Charlie St. Cloud, EUA/Can., 2010), de Burr Steers, atinge dois coelhos com uma só pancada no atual mercado brasileiro de exibição. Traz a estrela juvenil Zac Efron (de “High School Musical”) num romance interrompido por uma história de amor fraternal e sobrenatural.
Efron está em boa sintonia com o ótimo ator mirim Charlie Tahan. O menino de 11 anos interpreta Sam, o irmão sete anos mais novo que o personagem de Efron (o ‘Charlie’ do título). Sem conseguir superar a perda do caçula, Charlie tem conversas e brinca de beisebol diariamente, sempre ao entardecer, com o espírito do menino no cemitério onde foi enterrado. Esse compromisso que assume, atravanca sua vida. Ele desiste da faculdade e vê uma paixão (Amanda Crew) ir embora.
Aos novos espectadores de cinema, seguidores da doutrina espírita, “A Morte e a Vida de Charlie”, é bom avisar, está mais para um misto de “Ghost” (1990) com “O Sexto Sentido” (1999) do que para “Chico Xavier: O Filme” (2010).
É um filme que talvez possa agradar mais ao outro alvo do filme: o público (feminino) juvenil. A dramatização que vitimiza Charlie e o transforma num condenado pelo amor à memória de seu irmão menor já é suficiente para isso, e só fica mais forte quando ele precisa decidir entre o pequeno e a namorada. É preciso elogiar a boa condução do filme, com um roteiro muito bem amarrada em boa lógica de relações. Ainda no elenco Kim Bassinger e Ray Liotta.
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