Nas aulas de jornalismo, dizia-se que uma forma rápida de conhecer uma lugar estranho seria lendo os jornais da localidade, particularmente o caderno que dá notícias sobre o cotidiano de tal local. Pelo raciocínio, saber o que acontece culturalmente, ou cinematográficamente, numa cidade estranha seria facilmente identificado pelos caderno jornalísticos referente ao assunto. Exemplo: se tomarmos hoje como referência o roteiro de filmes em cartaz pelo jornal argentino “O Clarin”, por exemplo, veremos que, hoje, mais das metades das salas de cinema portenhas estão ocupadas por produções argentinas. A dedução óbvia a partir do periódico é: o mercado exibidor para o cinema feito na argentino vai bem em sua terra. Mas não é bem assim. Isso porque, numa conversa com o realizador de lá, Mariano de Rosa, que estreou com o longa-metragem “Águas Verdes”, inédito no Brasil, os cinemas de lá ficam sempre totalmente ocupado por arrasa-quarteirões hollywoodianos, exceto em março e setembro. O que está possibilitando um número tão grande de seus filmes em cartaz por lá é a entresafra das férias escolares. Mariano conta que no final e no meio do ano sobram vampiros e super-heróis nos multiplex de lá. De qualquer forma, parece que a situação na Argentina nesse aspecto ainda está melhor que no Brasil, pois, por aqui, vampiros e super-heróis não dão folga ao filmes brasileiros nem em março ou setembro.

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FESTIVAL DO RIO
Amanhã, às 21h, serão anunciados os vencedores da competitiva na mostra Premiere Brasil, no Festival do Rio, atualmente a maior vitrine brasileira para lançamentos dos novos longas-metragens brasileiros. O troféu Redentor será distribuido entre 17 longas, em 13 categorias. A cerimônia acontece no belo Cine Odeon, na Cinelândia. No júri estão Gustavo Dahl (presidente), Bruna Lombardi, Jorge Sanchez e Léo Monteiro de Barros.

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PAULÍNIA
Está disponível o edital 2010 do Polo Cinematográfico de Paulínia (www.culturapaulinia.com.br). A grande novidade deste ano diz respeito ao número de projetos a serem apoiados, que sairá de dez para 25 em um único edital. A idéia é que o polo possa focar energias no apoio as produções selecionadas reduzindo a burocracia. Hoje são três linhas diferentes de apoio, baseadas no prazo máximo para que as filmagens ocorram em Paulínia. O edital diponibilizará um montante interessante de recursos para produzir filmes. Vale dar uma olhada.

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BRUNO BARRETO
Quinta-feira última, Bruno Barreto concedeu entrevista coletiva no Festival do Rio sobre seu novo filme “A Arte de Perder”, que fechou co-produção internacional com a Goldcrest. Estavam presentes também a atriz Glória Pires, a roteirista Carolina Kotscho e a autora do livro “Flores Raras, Banalíssimas” em que o filme é baseado, Carmem Lucia de Oliveira. “A Arte de Perder” é uma história de amor entre duas mulheres, ambientada no Brasil dos anos 1950 e 1960. Trata do relacionamento entre a poeta norte-americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares, interpretada por Glória Pires. O filme deve ser rodado no segundo semestre de 2011, com filmagens no Rio de Janeiro, Petrópolis, Nova Iorque e Veneza.