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Ter de ter opinião

Câmera clara 233

Por Luiz Joaquim | 07.02.2011 (segunda-feira)

Depois de mais de uma década (ou antes disso) vendo centenas de filmes por ano e escrevendo profissionalmente sobre todos eles, um critico de cinema, que também é um ser humano, tem seus dias de não querer ser um crítico de cinema. Para ser mais claro na afirmativa, o que acontece é que, tendo a função de tecer comentários estéticos e temáticos a respeito de todos os lançamentos que entram semanalmente em cartaz nos cinemas – número que fica entre um e cinco toda sexta-feira – o jornalista se percebe, algumas vezes, no mesmo lugar. Ele termina por ter de desdobrar reflexões que já desdobrou semanas atrás. E isso não é exatamente uma prova de limitação do crítico, mas o resultado de uma obrigatoriedade em valorar um número gigante de obras praticamente iguais em seus discursos e estratégias narrativas. Não precisa nem ser um especialista para entender que Hollywood cospe dezenas de filmes idênticos com a mesma sensibilidade que um motor evacua óleo. Dessa forma, acaba sendo bastante penoso ao sujeito que já viu 50 filmes iguais ou melhor ao “novo” lançamento da semana ter de comentá-lo. A incidência maior das repetições está nas comédias românticas e nos filmes de ação. Mas dramas, terror e suspense não escapolem dessa praga. O que acontece, para resumir, é que muito vezes o crítico sai de uma dessas sessões repeteco medíocre disfarçado de “novo” sem o menor interesse de desenvolver um texto valorativo e/ou reflexivo. Mesmo porque isso não fará tanta diferença para quem vai consumir aquele produto industrial. Rapadura é doce, mas não é mole.

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Béla Tarr
Boa leitura na internet é o que oferece os editores do site www.filmologia.com.br, Ricardo Lessa Filho e Ranieri Brandão. Eles disponibilizam a 3ª e nova edição (jan./fev.) da revista eletrônica, que dedica suas palavras ao cineasta húngaro Béla Tarr e seus poucos conhecidos filmes “sobre figuras no limite de seus universos, no limiar do sofrimento humano e da deterioração total”. Boa leitura.

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Lope
A Warner Bros. anuncia que São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília serão as primeiras cidades brasileiras a exibir “Lope”, coprodução entre Espanha e Brasil, dirigida por Andrucha Waddington. “Lope” levará ao cinema a juventude do espanhol a juventude do dramaturgo e poeta espanhol Lope de Vega, autor de obras como Amarílis e La Arcádia. A estreia acontece dia 4 de março.

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Superman
Outro anúncio da Warner, junto a Legendary Pictures, é a de que Henry Cavill foi escolhido para o papel de Superman, em novo filme que deve chegar as telas apenas em dezembro de 2012. O filme será dirigido por Zack Snyder, de. Já Cavill esteve em “The Cold Light of Day” e protagonizará “Immortals”, como Teseus, com estreia em 2011.

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