Depois de passar por Porto Alegre, Manaus, Belém, Uberaba (SP) e outras cidades, ontem (terça, 22) à noite foi a vez do Recife, no complexo da UCI-Kinoplex, receber convidados para a pré-estreia de “As Mães de Chico Xavier”, produção da cearense Estação Luz FIlmes sob direção de Glauber Filho e Halder Gomes. Só dia 1º de abril, quando entra em cartaz em todo o País, o público poderá conhecer a produção que retoma um segmento de sucesso de público no circuito comercial brasileiro que, vale ressaltar, começou com outra produção da Estação Luz.

Foi com o filme “Bezerras de Menezes: O Diário de Um Espírito”, co-dirigido por Glauber Filho e Joel Pimentel, que o mercado percebeu um filão interessante para sua plateia. Na época, com apenas 65 cópias, a modesta produção alcançou mais de 500 mil espectadores, recordou o diretor da produtora, Marcos Paulo, em entrevista coletiva ontem à tarde.

Mas Marcos também fez questão de salientar que o novo filme não veio em função do filão. “O projeto quer apenas atingir as pessoas pelo que há de humano, e menos pelo apelo da doutrina. É um projeto”, continua, “que veio caminhando em paralelo com o filme de Daniel Filho (“Chico Xavier: O Filme”), e não por conta dele”, explicou.

O ator Gustavo Falcão, que interpreta Cassiano, um jovem cuja companheira Lara (Tainá Muller) se descobre com uma gravidez indesejada, lembra que seu trabalho aqui foi diferente pois o processo de criação era “não ter um processo”. Ele lembra que Nelson Xavier (que retoma o personagem de Chico Xavier após encarná-lo no filme de Daniel Filho) fez um trabalho espetacular, humanizando o mito, “e esse era o fio que tínhamos a seguir aqui”.

Sobre a participação de Nelson, o diretor de efeitos especiais, Márcio Ramos (da animação “Vida Maria”) segredou que, a princípio, Nelson não estaria no filme. “Quando recebeu o convite, ele disse que não era interessante ser estigmatizado por um personagem; mas aí Glauber Filho lhe disse: ‘antes de dar sua resposta definitiva, leia o roteiro'”. O resultado vai ser visto na tela grande.

Outro ator presente na coletiva, Daniel Dias da Silva – que interpreta o filho drogada do núcleo com a história do casal Ruth e Mário (Via Negromonte e Herson Capri), lembra que diferente do filme de Daniel Filho e do recente “Nosso Lar”, “As Mães de Chico…” (formando com aqueles uma trilogia) está mais próximo do espectador pela identificação. “De uma forma ou outra nos vemos ali naqueles dramas”, comenta.

O terceiro núcleo do roteiro mostra a mãe Elisa (Vanessa Gerbelli) tentando superar a perda do filho de cinco anos. “As Mães de Chico Xavier” teve seu custo de produção em torno de cinco milhões, e já tem seu trailer sendo veiculado por 900 salas de cinema. Sua estreia vai acontecer com 400 cópias e em salas com projeção digital, com a parceria da Globo Filmes na divulgação além de outros investidores. Agora é esperar para ver o sucesso acontecer.