Dez países, EUA incluído, verão hoje a estreia de “Sucker Punch: Mundo Surreal” (Sucker Punch, EUA, 2011), novo filme de Zack Snyder, cineasta que ganhou notoriedade pela bobagem chamada “300” (2006) e o interessante trabalho realizado ao adaptar o quadrinho “Watchman”. Com o pífio roteiro co-escrito por ele com Steve Shibuya para “Sucker Punch” (2009), fica claro que, caso ele não tenha uma ótima história que o sirva como esteio para o filme, não será pelos seu talento como diretor que a produção irá ser exitosa.

Em outras palavras, isso pode traduzir Snyder como um engodo, e não como um diretor. Pois sim, essa é a sensação que se tem numa sala de cinema assistindo “Sucker Punch”, filme enfadonho. A produção, que deveria estimular a adrenalina e não o bocejo, enquadra-se na irritante categoria das obras que deveriam estar na prateleira das lojas de videogames, e não de filmes. Assistir “Sucker Punch” é como assistir a um jogo de videogame no qual você não participa.

No argumento, temos a órfã Baby Doll (Emily Browning) que após tentar evitar o padrasto estuprar sua irmãzinha, é levada a um hospício que na verdade serve de fachada para um bordel (ao menos na sua imaginação). Lá as meninas, todas lindas (Jamie Chung, Vanessa Hudgens, Jena Malone e a ótima Abbie Cornishe, de “Brilho de Uma Paixão”), oferecem ‘serviços’ a clientes clandestinos.

Acontece que Baby Doll é dotada pela capacidade de, ao dançar, colocar seus observadores num transe. De seu lado, ela própria enquanto dança vai a um mundo paralelo onde luta com dragões, nazistas e samurais. E é lá onde nós, espectadores, veremos, sob representações, as armas que a farão fugir do hospício.

Mas a má notícia não está nem em “Sucker Punch” e sim na espectativa de que o “Superman: O Homem de Aço” (2012) será dirigido por Snyder. A boa notícia é que o roteiro é de David S. Goyer, o mesmo de “Batman Begins” (2005) e “O Cavaleiro das Trevas” (2008). O novo Superman será visto em 2012.