Se Beber, Não Case 2
Mais riso, da mesma graça
Por Luiz Joaquim | 27.05.2011 (sexta-feira)
Todd Phillips deve estar sorrindo à toa. O diretor e roteirista de “Se Beber, Não Case 2” (The Hangover 2, EUA, 2011) que estreia hoje no Brasil, descobriu, com o primeiro filme em 2009, um espaço ainda aberto entre as, cada vez mais cansadas, comédias norte-americanas. A historinha que começava pelo meio – com quatro amigos acordando com uma ressaca amnésica, em um lugar desconhecido e procurando pistas sobre o que aconteceu na noite passada, tornou-se um sucesso imediato e, pela lógica hollywoodiana, deveria gerar uma seqüência.
Esta, que chega agora aos cinemas, não foge da idéia original. Mas a piada parece rodar numa rotação mais lenta, ou apenas soa assim por não ser mais inédita. Dessa forma, o espectador que acompanhou as presepadas de Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), do gorducho Alan (Zach Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) no filme de dois anos atrás, irá se divertir sim com as presepadas no novo filme, mas já estará atento demais para os três momentos esquemáticos do roteiro: o do despertar da bebedeira, o da busca por algo valioso num lugar hostil e o das revelações.
O estofo criado que envolve essa fórmula agora leva os quatro rapazes a Tailândia, onde Stu, o dentista que perdeu um dente na farra do primeiro filme, irá casar com uma nativa. Dois dias antes da cerimônia, numa paradisíaca praia tailandesa, os quatro amigos e o irmão adolescente da noiva, Teddy (Mason Lee), tomam uns drinks para relaxar.
Na manhã seguinte, encontramos Phil molhado, Alan careca e Stu tatuado, todos acordando de ressaca num imundo quarto em Banguecoque. Nem Doug, nem Teddy estão por lá, mas o oriental Chow (Ken Jeong, do primeiro filme) sim, além de um saguin vestindo uma jaqueta do Rolling Stones.
Contar mais detalhes pode estragar o que “Se Beber, Não Case 2” tem a oferecer de melhor. O que se pode adiantar é apenas que Phillips rearrumou os mesmo problemas do primeiro filme para o atual, trocando apenas alguns elementos. Se o filme 1 trazia galinhas e um tigre, este traz um macaco. Se no primeiro tinha um bebê, que eles precisavam carregar para todos os lugares, neste há um velho monge que fez voto de silêncio, e se havia uma prostituta no anterior, neste há também uma outra, só que com um detalhe significativo a mais, que faz toda a diferença. E não esqueçam de permanecer nos créditos finais, para ver as fotos reveladoras da tal farra.
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