Outro circuito comercial
Câmera clara 248
Por Luiz Joaquim | 06.06.2011 (segunda-feira)
Há um silencioso circuito cinematográfico comercial que é pouco comentado como tal pela mídia. Falo do circuito de pequenos festivais de cinemas – que passam de 100 por ano só no Brasil, e mais algumas centenas deles no exterior. Não aqueles festivais consagrados e/ou que operam com orçamento milionário, como o Cine-PE, o Festival de Brasília, Gramado, Paulínia, o Festival do Rio, a Mostra de São Paulo e outros poucos. Mas aqueles que acontecem em universidades, ou em pequenos municípios de regiões metropolitanas, em cidades do interior, litorâneas, ou tendo um tema como norte (meio-ambiente, etnografia, feminino, mix sexual, judaísmo…). Há, enfim, uma inventiva (e às vezes esdrúxula) diversidade de festivais que permite ao realizador, particularmente o de curtas-metragens, fazer rodar seu filme por até dois anos em seu próprio País, e mais alguns outros fora daqui. A empresa paulista Kinoforum (http://www.kinoforum.org.br/guia) inclusive atualiza, anualmente, seu catálogo de festival, que informa todos os importantes detalhes destes eventos. É, portanto, mais fácil do que se imagina fazer seu filme circular (desde que ele tenha um mínimo de qualidade e desperte interesse). Mas há também outros pré-requisitos: tempo e dinheiro para enviar tantas cópias de seu trabalho para tantos e tão distantes lugares do mundo. E não se engane, este é sim também um circuito comercial, por mais modesto que ela pareça ser.
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GIGANTES
Bryan Singer (foto), produtor e co-autor de “X-Men: Primeira Classe”, esta dirigindo “Jack, The Giant Killer”, uma reedição em 3D do filme de 1962. Conta a história de um garoto fazendeiro (Nicholas Hout, o Fera de “Primeira Classe”), que lidera uma expedição para salvar uma princesa (Eleanor Tomlinson) que foi raptada por um gigante, sendo que a situação ameaça a frágil trégua entre humanos gigantes.
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ARQUITETURA
O jornalista pernambucano Josias Teófilo, hoje residindo em Brasília, participa por lá do 9o Seminário Docomomo. Ele exibe, às 18h desta quinta-feira, seu curta-metragem “Quarteto Simbólico” na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O filme oferece uma bela reflexão audiovisual sobre a obra modernista do arquiteto Delfim Amorim e sua relação com o Recife, descerrando questões a respeito do patrimônio, preservação e herança. Já existem convites para o filme também ser exibido no Iphan, na UNB, na UFPB, e no Instituto dos Arquitetos do Brasil.
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