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Críticas

Lanterna Verde

A vontade é verde, o medo, amarelo

Por Luiz Joaquim | 19.08.2011 (sexta-feira)

O herói da semana nos multiplex é “Lanterna Verde” (Green Lantern, EUA, 2011). Versão cinematográfica dirigida por Martin Campbell a partir do personagem de HQ homônimo, criado nos anos 1940 por Martin Nodell e Bill Finger, vindo a intregar o elenco de super-herois da DC Comics 20 anos depois.

A grande temeridade hoje ao entrar numa sala de cinema para ver mais uma adaptação de quadrinhos em filme é ter de se deparar com a exacerbação de efeitos digitais definindo o cenário, os personagens, a ação.

Tendo esse questão como critério, a abertura de “Lanterna Verde” – que explica como o anel extraterrestre chega à Terra e escolhe Hal Jordan (Ryan Reinalds) para defender o universo com seus poderes -, é bem desinteressante.

Isto porque um volume de informações, sobre seres e sua ética em galáxias diferentes é arremessada na tela, acompanhando um outro grande volume de imagens digitalmente criadas, sendo tudo muito disassociado de referências para o espectador. Demora até a conexão com o anti-herói terráqueo Hal acontecer e ser integrado à liga verde. Só aí é possível iniciar identificações e simpatias.

Hal é um piloto de aviões que, apesar de corajoso, foge de responsabilidades. A imagem de seu pai morto ainda quando era criança o persegue sendo um conselho que ele deixou determinante para a postura de como Hall segue no mundo. Ter mantido dilemas éticos sobre responsabilidade, medo, força de vontade sempre norteando os passos do protagonista é o que há de melhor no filme.

O conceito por trás da energia do anel verde está na “vontade/desejo” que os seres vivos possuem. Esta é a maior energia que há, e é de lá que o anel se alimenta para possibilitar ao herói moldar uma luz verde em forma de objetos concretos. O vilão da história chama-se Parallax, e usa uma luz amarela, a cor do medo, para gerar energia. Sendo os humanos na Terra um prato cheio para Parallax se alimentar do medo e ficar mais forte, o Lanterna Verde precisa encará-lo. Só que para isso precisa se desvencilhar de seus próprios medos. É uma engenhosa arquitetura de emoções.

CAMERON DIAZ – A atriz está nas telas em “Professora sem Classe” (Bad Teacher, EUA, 2011), de Jake Kasdan. Na comédia, ela é uma professora desbocada, cruel e inapropriada. A moça bebe muito e odeia seu trabalho. Quando é abandonada pelo noivo rico, traça um plano para conquistar outro professor substituto, rico (Justin Timberlake).

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