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Críticas

Quero Matar meu Chefe

Trabalhar enlouquece

Por Luiz Joaquim | 05.08.2011 (sexta-feira)

Indo pela tangente dos grandes lançamentos de agosto, entra em cartaz “Quero Matar meu Chefe” (Horrible Bosses, EUA, 2011), com Seth Gordon dirigindo um bom elenco nesta comédia para adultos. Parece que o filão está em alta em Hollywood que, depois do fenômeno “Se Beber não Case” (2009), procura não perder tempo e aproveitar o caminho aberto. Haja visto o “Se Beber… 2” e o próximo “Missão Madrinha de Casamento” (estreia 7 de setembro), de Paul Feig, já ‘vendido’ como a versão feminina de “Se Beber…”

De fato, o interessante em “Quero Matar meu Chefe” é a falta de pudor nos xingamentos e nos palavrões, prática hoje cada vez mais disfarçadas em Hollywood (e que chega no Brasil por esse filme, mas amenizado pela tradução das legendas).

Mesmo assim, é divertido ver Jennifer Aniston, a eterna certinha da série “Friends” no papel de um dentista ninfomaníaca, assediando seu assistente, Kenny (Charlie Day), para ter sexo com ele. Kenny é um dos três amigos que tem problemas com seus respectivos chefes.

Na empresa em que Nick (Jason Bateman) trabalha há oito anos, o pesadelo esta na figura do chefe Dave (Kevin Spacey), que lhe prometia uma promoção apenas para fazê-lo trabalhar mais. Já Kurt (Jason Sudeikis) sofre com o herdeiro viciado em drogas (Colin Farrel) da empresa que era comandada pelo pai dele (Donald Sutherland).

O mote do emprego infernal com um chefe maldito, e daí surgindo a idéia de eliminá-lo, é antigo, tendo já gerando bons filmes (“Como Eliminar seu Chefe”, 1980; “Como Enlouquecer seu Chefe”, 1999, este último também com Jennifer Aniston). Nestes casos, fica estabelecido, logo de início, que pedir demissão ou simplesmente obedecer seu chefe está fora de questão.

Neste último quesito, o drama do assédio sofrido por Kenny em “Quero Matar…” – um romântco que chora vendo “Diário de Uma Paixão” – parece ser o menor dos problemas considerando que é Aniston quem o pertuba, mas a história determina logo de início que o sonho do rapaz sempre foi se casar e, agora noivo, isto está muito perto de acontecer e nada pode dar errado.

Na tentativa de resolver o assunto matando os três chefes, eles buscam ajuda de um criminoso Mother-Fucker Jones (Jamie Foxx) – seu nome gera, inclusive, uma piada no filme. Ao contrário de outras, é uma piada que parece não engatar muito bem. E talvez essa seja a principal característica desse filme. A irregularidade.

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