3º Festival Etnográfico (2011) – Recife
UFPE e Fundaj (Recife) unidos em festival etnográfico
Por Luiz Joaquim | 26.09.2011 (segunda-feira)
Ganha hoje mais uma edição – a terceira – um festival de cinema bem particular, aqui no Recife. É o Festival Etnográfico de Pernambuco, organizado pelos Programas de Pós-Graduação em Antropologia e Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento vai premiar produções cinematográficas e videográficas na área da antropologia. Para tanto, recebeu diversas inscrições e montou uma grade de programação de filmes que segue até sexta-feira com sessões competitivas no Cinema da Fundação, e não-competitivas (às 9h e às 13h30) no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE. Na Fundaj, a abertura acontece às 19h, e as sessões iniciam às 19h30. O homenageado desta edição é o paraibano Linduarte Noronha, diretor de “Aruanda” (1960). A entrada é gratuita.
Para a abertura, a organização preparou a exibição (sempre em digital), de dois curtas e um média-metragem: “Djero encontra Iketut em Bali” (11 min.), de Carmem Rial e Miriam Grossi, sobre o encontro de dois balineses que vivem em mundos distintos. Um vive num hotel e outro num povoado. Depois, “Jopói, todos juntos” (53 min.), de Miguel Vassy, sobre o legado indígena no Paraguai. Encerra “Quindim de Pessach” (26 min.), de Olindo Estevam, retratando um encontro entre a cultura judaica e brasileira através da culinária.
Amanhã, a sessão reúne cinco curtas e um longa-metragem. Este último é “O Corte do Alfaiate” (70min.), de João Castelo Branco, um doc. sobre as transformações, tensões entre moda e tradição, inovações tecnológicas e manutenção da técnica artesanal no ofício do alfaiate. Já o curta “Aperreio” (20 min.), de d’Oty Luz e Humberto Capuci, fala das mudanças climáticas no Maranhão interferindo na vida das pessoas. Exibe com “Capa de índio” (24 min.), de Aelson Pataxó. Destaque para “Ovos de dinossauro na sala de estar” (12 min.), de Rafael Urban, apresenta a senhora Ragnhild Borgomanero, 77 anos, estudou fotografia digital e fez cursos de Photoshop e Premiere para manter viva a memória de seu falecido esposo, Guido. Sessão fecha com “Estranho amor”, (20 min.) de, Lucia Caus.
Na quarta-feira, mais um longa – “Gisèle Omindarewa” (71 min.), de Clarice Peixoto, sobre a francesa que dá título ao filme e é mãe de santo no candomblé do Rio de Janeiro – e quatro curtas: “Uma Ciência Encantada” (20 min.), doc. de Chico Sales; “Peregrinos”, de Adeilton Costa; “Toda qualidade de bicho”, de Ângela Gomes e Cezar Moraes; e “Lá do Leste”, de Rose Satiko e Carolina Caffé. A competição segue na quinta-feira com os curtas “Três Guardiões do Axé Pernambuco” (32 min.), de Luca Pacheco; “Kotkuphi” (30 min.), de Isael Maxakali; “Mbaraká: a palavra que age” (26 min.), de Edgar Teodoro da Cunha; e “Coco de Improviso e a Poesia Solta no Vento” (25 min.), de Natália Lopes Wanderly. A entrega de prêmios será às 21h30. A entrada é franca.
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