Gigantes de aço
Luta enferrujada
Por Luiz Joaquim | 21.10.2011 (sexta-feira)
O pipocão da semana estreando nos multiplex chama-se “Gigantes de Aço” (Real Steel, EUA, 2011). O filme é dirigido por Shawn Levy (“Uma Noite no Museu”) e produzido por Steven Spielberg e Robert Zemeckis. O nome dos três reúnidos já dá uma dica, por seus históricos, do que esperar desta aventura futurista, ou seja, uma criança como protagonista (o bom Dakota Goyo, de “Thor”) a frente de uma situação fantástica que dará uma lição aos adultos. No caso, o seu pai Charlie (Hugh Jackman).
O ano é 2020 e Charlie é um ex-boxeador que, para sobreviver – pois as lutas com humanos foram extintas – participa de embates controlando robôs de três metros. Acontece que Charlie é um constante perdedor e deve dinheiro a todos. Quem lhe ajuda é a namorada Baily (a linda Evangeline Lilly, de “Lost”), que também é filha do falecido treinador de Charlie nos anos 2000.
Para mudar sua vida irresponsável, ele recebe a notícia que terá de cuidar do filho de 11 anos, Max (Goyo) por conta do falecimento da mãe. Ao invés de aceitar, ele negocia a guarda do filho pela tia em troca de 100 mil dólares. Mas há uma condição, nos três primeiros meses, Charlie terá de cuidar de Max.
É aí que “Gigantes de Aço” realmente inicia. Para qualquer espectador de cinema mais experiente será fácil enxergar aqui um retalho de situações de velhos filmes embasados no tema parternidade e/ou lutas em competição. A primeira lembraça é “O Campeão” (1931/1979), mas também “Rocky: O Lutador” (1976), ou ainda “Karaté Kid” (1984/2010), uma vez que é por Atom, o pequeno e velho robô de Max, que Charlie vê uma chance de ter sucesso.
Com Atom funcionando por um sistema de sombras, repetindo os movimentos corporais de seu mestre, os embates em “Gigantes de Aço” remetem ao endinheirado mercado dos videogames, como se a batalha fosse entre a Nintendo e a Playstation. Detalhe: em tempos do violento esporte MMA com competições zilionárias do UFC (e com cada vez mais fãs no Brasil), o filme pode atrair muita gente por aqui. Mas vale ressaltar que a produção não passa de uma velha fórmula com um final constrangedoramente lacrimejante em pleno rinque de luta.
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