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Câmera clara 261

Por Luiz Joaquim | 24.10.2011 (segunda-feira)

Semana passada, antes da divulgação dos resultados do premiados na mostra Premiere Brasil, do Festival do Rio 2011, soube-se, pelo Twitter o resultado da eleição do melhor filme. E o mais grave, se é que se pode dizer assim, o autor da “tuitada” foi Ségio Sé Leitão, presidente da RioFilme, distribuidora carioca de diversos e imporantes filmes brasileiros, incluindo aí a obra vencedora deste Festival do Rio: “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, de Vinícius Coimbra. Na página da empresa na rede social (ssl_riofilme), Leitão postou, quase duas horas antes, o seguinte texto “A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Vinicius Coimbra, é o grande vencedor da Premiére Brasil (Festival do Rio). A premiação começa às 21h!”. Após solicitação do Festival, Leitão retirou a publicação do Twitter. Mas a notícia já estava no smartphone do povo. A situação lembrou outra, desastrosa, que aconteceu em 2010 no Festival de Brasília. Enquanto a premiação corria ainda no início, espectadores portando smartphones e laptops já gritavam no auditório o resultado antes dos apresentadores da cerimônia. É que a informação com a lista de todos os premiados vazara num portal de notícias na Internet. Ao final da cerimônia, a assessoria de imprensa do festival explicou que as informações foram divulgadas para alguns jornais com antecedência em função do horário de fechamento da edição impressa para o dia posterior. Mas as informações seguiram sob embargo, ou seja, sob condições de ser publicadas apenas no dia seguinte, não se responsabilizando assim a assessoria pelo vazamento interno na empresa, que descumpriu o acordo. De um modo ou de outro, quem sempre sai arranhado de uma situação dessas é o festival que, para leigos, tem sua postura confundido como desorganizada, e os cineastas concorrentes, que recebem um banho de água fria antes mesmo do fim da festa. Lamentável.

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3a Realizadores
Enquanto São Paulo ferve com a 35ª Mostra, o Rio de Janeiro pára e reflete o cinema. No Salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, a 3º Semana dos Realizadores promove os seguintes debates. Hoje: “O mundo como palco: naturalismo, teatralidade, performance”, com mediação de Denilson Lopes e participação de Leonardo Sette, Rodrigo de Oliveira, Sergio Borges, Tiago Mata Machado, Ricardo Pretti e Rodrigo FIscher. Amanha: “A voz do artista: autoria e resistência”, com mediação de Daniel Caetano e participação de Adirley Queirós, André Sampaio, Edgard Navarro e Ricardo Miranda. Na quarta-feira, “Personagens e autores /personagens-autores”, com mediação de Carlos Alberto Mattos e participam Ana Rieper, João Castelo Branco, Julia de Simone e Renata Pinheiro (na foto). Por fim, na quinta-feira, “A obra multiplicada: mesma matéria, formas diversas”. Quem media é Daniel Shenker, e quem fala são Ava Gaitán Rocha, Fellipe Barbosa, Joana Cseko, Marcelo Grabowsky e Marcelo Toledo.

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Festival do Rio
O megafestival de cinema carioca, o Festival do Rio, encerrou terça-feira e a coordenação anunciou os filmes mais procurados pelo público. “Pele que habito” (na foto), de Pedro Almodovar; “We need to talk about kevin”, de Lynne Ramsay; “George Harrison”, de Martin Scorsese; “Triangulo amoroso”, de Tom Tykwer; “Inquietos”, de Gus Van Sant, “Um Método perigoso”, de David Cronemberg, “Red state”, de Kevin Smith. E dos filmes descobertos pelo público, os destaques foram “O invasor”, de Nicolas Provost, “Terraferma”, de Emanuele Crialese, “O prêmio”, de Paula Markovitch, “Martha Marcy May Marlene”, de Sean Durkin, e “Tiranossauro”, de Paddy Considine.

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