A casa dos Sonhos
Entre a mente e o espírito
Por Luiz Joaquim | 04.11.2011 (sexta-feira)
É, talvez, o maior equívoco de “A Casa dos Sonhos” (Dream House, 2011), de Jim Sheridan, misturar em sua trama o tema perturbação psicológica com questões sobrenaturais. Sem se aprofundar nem em um, nem no outro, “A Casa dos Sonhos” apresenta-se frágil como um papel de seda em sua tentativa de convencer e entusiasmar seu espectador.
No enredo, Daniel Craig (o atual 007) vive um editor que deixa o emprego em Nova Iorque para se dedicar integralmente à esposa (a linda Rachel Weisz), às duas filha pequenas e ao plano de escrever um livro. Passa a viver em uma cidade menor, numa casa que outrora fora cenário de um crime familiar. É aí que seu personagem passa a sofrer com ameaças e perseguições.
Num volume de informações que mais desnorteia que situa tanto o protagonista quanto o espectador, “A Casa dos Sonhos” num primeiro momento apela para possíveis problemas mentais do personagem, para depois reforçar a idéia de espíritos na casa para resolver o final da trama.
Há também equívocos menores neste lamentável novo trabalho do diretor dos bons “Meu Pé Esquerdo”, “Em Nome do Pai”, “Entre Irmãos”. É, ao fim, um desperdício de elenco (que inclui Naomi Wattz) para criar um brinquedo de suspense desbotado e quase caricatural.
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