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Invasão vampiresca

E o mercado? precisa ser regulado?

Por Luiz Joaquim | 21.11.2011 (segunda-feira)

Em meio a tanta excitação neste final de semana garantida pelas fãs da saga “Crepúsculo”, com a estreia do quarto filme, “Amanhecer – Parte 1”, uma questão parece ter ficado restrita àqueles que pensam o cinema não só como entretenimento, mas também como uma estratégia de identidade nacional. A questão é que o filme distribuído pela Paris Filmes entrou ocupando 1100 salas de cinema das 2.225 existentes no Brasil. Essa ocupação de quase 50% nos faz pensar nas diversas implicações de uma “invasão” como esta. Algumas destas reflexões estão no blog da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (http://abraccine.wordpress.com/), que foram lançadas a partir de um comentário feito inicialmente pelo presidente desta mesma instituição, o crítico de cinema de “O Estado de S. Paulo”, Luiz Zanin Orrichio, em seu blog pessoal. Entre as colocações, o crítico deduz que bons filmes que estariam dando interessante média de público tiveram de ser “arrancados” dos cinemas, e pergunta se isso é interessante para o próprio mercado exibidor. A questão da diversidade cultural também parece sofrer um atentado em casos assim. Como um exemplo local e ilustrativo disso, lembramos que, das quatro salas do complexo de cinemas em Caruaru, três exibem “Amanhecer”. Outro ponto levantado por Zanin, resgata o imposto criado pela Argentina contra lançamentos estrangeiros gigantes naquele pais, cuja lógica é ‘quanto maior a quantidade de cópias, maior o imposto cobrado’. E termina invertendo o raciocínio lógico comumente praticada no Brasil pelo qual “os ‘liberais’ de sempre” gritam pela liberdade de expressão e da livre circulação dos produtos culturais. Contra esse argumento, Zanin pergunta: (eles) “não se dão conta de que uma ocupação militar do mercado, como essa, é que é o verdadeiro atentado à livre circulação das (outras) obras?”.

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DICIONÁRIO
É depois de amanhã, na Escola Cidade: Faculdades de Arquitetura e Urbanismo (São Paulo), o lançamento da 2ª edição atualizada do “Dicionário de Filmes Brasileiros – Curta e Média Metragem”. O livro é um trabalho empertigado do pesquisador Antonio Leão da Silva Neto. Em 1.270 páginas, Antônio Leão reúne a catalogação de 21.686 filmes, tornando a brochura num indispensável guia para profissionais da área. Outras infos pela editora Ibac: (11) 6944-7850.

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CURSO 1
A Ateliê Produções em parceria com TJC Consultores Associados promove, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, o Curso de Documentário Miradocs. O curso gratuito, com 40 vagas no total, acontecerá em dois módulos: Panorama Contemporâneo e Argumento e Pitching para Documentário. Em ambos, o aluno será acompanhado por Getsemane Silva, especialista em documentário contemporâneo e com ampla experiência na realização de documentários. Os módulos acontecem em quatro semanas: uma semana em dezembro, duas em janeiro e uma em fevereiro. Para participar, é só se se inscrever em (www.miradocsrecife.blogspot.com).

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BÚZIUS
De quinta-feira a sábado, o balneário fluminense, Buzius, recebe os executivos das distribuidoras de cinema no Brasil para o 10º ShowBuzius. São mais de 70 participantes de 27 empresas que acompanham a apresentação de 13 distribuidoras de cinema, anunciando as novidades que estarão nas telas em 2012. A novidade fica por conta da participação, no sábado, da Christie, Kelonik, Barco e Cinecolor, empresas que se dedicam ao cinema digital e sua projeção.

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