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Creditar personagens

Câmera clara 264

Por Luiz Joaquim | 19.12.2011 (segunda-feira)

Semana passada, vimos um documentário pelo qual nenhum de seus personagens eram identificados, ou seja, em nenhum momento em que apareciam na tela, seus nomes estavam lá (só nos créditos finais). A prática não é mais tão incomum Na verdade, a ideai do realizador colocar o credito do personagem vinculado à imagem da pessoa na tela ficou bastante atrelada a um modelo tradicional do documentário. Daqueles de um passado, nem tão distante, quando filmes documentais, na sua essência, eram utilizados com aplicação na educação, como mais uma ferramenta auxiliar da pedagógica, seja qual fosse o assunto. Há, então, uma negação quase instantânea na utilização, nos dias de hoje, do credito para identificar personagens em documentário. O fato é que, como dia a sábia expressão, ‘cada caso é um caso’. E a não utilização do credito apenas para soar moderno é frágil como argumento. Uma vez que a não identificação tenha uma sintonia estética com o perfil do filme, aí é aceitável. Mas, é claro, não estamos ditando regras aqui. De qualquer forma, alguns realizadores, de tão envolvidos com seu projeto, não concebem que ele pode chegar a um espectador absolutamente leigo do assunto. E o não identificação dos personagens pode soar problemático para este espectador. Isso significa a diminuição do envolvimento da platéia, que por sua vez se traduz em prejuízo (de toda ordem) para o filme. E isto é o que o realizador não quer ver acontecer. Portanto, ao não creditar seus personagens, é interessante saber exatamente o porquê desta opção.

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Reis e Ratos
Estava previsto para lançar em janeiro o novo filme de Mauro Lima, “Reis e Ratos’, com Selton Mello, Rodrigo Santoro e Cauã Reymond, mas a Warner decidiu adiar para 17 de fevereiro. Para saber mais infos sobre a trama, vá em (www.reiseratosofilme.com.br)

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Digital
Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine anunciou que vai lançar um fundo para financiar os cinemas brasileiros a troca de equipamentos de projeçã para a tecnologia digital. O planejamento visa atender 900 salas em 2012. Hoje, segundo o informativo Filime B, apenas 17% das salas no Brasil trabalham com a tecnologia binária para projetar filmes.

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Roterdã 2012
O chamado cinema “Boca do Lixo”, que reinou ali pelo anos 1960/70 em São Paulo, ganha a exibição de um programa especial no primeiro grande festival de cinema do ano no mundo: o de Roterdã. Com o nome “A Boca do Lixo: Subcultura e Sexo em São Paulo”, irá mostrar 18 títulos de diretores como Rogério Sganzerla, José Mokica Marins ( o Zé do Caixão) e Carlos Reichenbach (que estará no evento). Exibem também algumas pornochanchadas como: “Oh Rebuceteio” e Fuk Fuk à Brasileira”. Roterdã inicia dia 25 de janeiro próximo; (http://www.filmfestivalrotterdam.com/en).

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