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Críticas

Operação Presente

Salvando o Natal

Por Luiz Joaquim | 02.12.2011 (sexta-feira)

É tradição de Hollywood colocar em dezembro algum (ou vários) títulos a partir do chamado espírito natalino. Neste 2011, entra hoje em cartaz a boa animação (3D) “Operação Presente” (Arthur Christmas, Ing., 2011), que é a estreia num longa-metragem da inglesa Sarah Smith. É boa a sua estreia.

Sabe-se que “Operação Presente” é um projeto sério e que Smith está envolvida desde sua gênesa até sua produção, antes gerenciando a produção e co-escrevendo o roteiro. Tanto envolvimento foi vital para sua decisão em també dirigir o filme.

O enredo nos leva ao Polo Norte, terra do Papai Noel, e ali conhecemos o bom velhinho prestes a completar sua 70º noite entregando presente a todas as crianças do mundo. Esta deve ser a última missão de Noel antes de se aposentar. E na tarefa que desafia a lógica da física (desafio muito bem ilustrado nas perguntas da menininha na abertura do filme), estão seus dois filhos a bordo de uma gigantesca aeronave com milhares de pequenos elfos como tripulantes.

O primogênito de Noel, Steve é um tecnomaníaco que administra a missão cada vez mais automatizada e só pensa na eficência de seu método. Ele é próximo da lista para assumir no ano seguinte o posto maior dessa missão. Já o desajeitado e sonhador caçula, Arthur, é responsável por receber e responder as milhões de cartas de criancinhas. Há ainda o Vovô Noel, que aos 136 anos só assiste os trabalhos do filho pela TV, enquanto mamãe Noel opera os afazeres domésticos.

O ponto central aqui está no embate entre o velho e o novo e no que isto implica. O conflito se dá quando uma criancinha na Inglaterra é esquecida pela equipe de Steve que, já de volta ao Polo Norte, decide não por em risco sua equipe para agradar apenas uma criança. É quando entra a emoção de Arthur que questiona se uma criança é menos importante que milhões de crianças. É Arthur que, acompanhado pelo velho avô, tenha salvar o Natal da menininha esquecida na Inglaterra.

Smith acertou em tudo aqui. Desde a criação das mais diferentes personalidades na família de Noel – o vovô saudosista (e sua importância), o Noel cansado e relaxado, mas que já foi um grande homem, o jovem pragmático e frio, e o adolescente apaixonado pela justiça -, até o desenho dos cenários deste belo filme que, por um conteúdo tão interessante, nem precisava do apelo 3D pra atrair criancinhas.

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