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Um belo trabalho

Câmera clara 262

Por Luiz Joaquim | 05.12.2011 (segunda-feira)

As inovações na nova edição do Festival de Vídeo de Pernambuco sugere que a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em particular Carla Francine e sua equipe, receba parabéns. Isto porque o grupo trabalhou bem para trazer ao Recife super-autoridades no assunto mercado de distribuição de cinema no Brasil. Os destaques são os craques Jean-Thomas Bernardini (da Imovision), o produtor Paulo Sérgio Almeida, do site Filme B, e o exibidor Adhemar de Oliveira, entre outros. A mesa, que os reúne dias 15 e 16 de dezembro, certamente vai abrir os horizontes sobre as dificuldades e pendengas do complicado jogo de xadrez que significa lançar um filme (particularmente nacional) no Brasil. Um outro aspecto do Festival de Vídeo, este a se repensar, é a seleção dos títulos a competir na mostra principal. Alguns deste títulos incluídos tiveram um tratamento de produção muito superior a grande maioria dos inscritos. Tiveram também já ótima circulação em festivais de cinema consagrados no Brasil e fora daqui, mas no Festival de Vídeo daqui concorrem em pé de igualdade com vídeos “pequenos”. Uma possibilidade para corrigir isto seria criar uma nova categoria de competição (para filmes já exibidos em festivais nacionais, por exemplo), ou simplesmente abrir uma programação de hors-concours. Um terceiro ponto a se pensar está na nomenclatura do evento: Festival de “Vídeo”. O conceito para o que é um “vídeo” mudou bastante desde a primeira edição do evento (1999). Hoje se fala em cinema digital, em HD (High Definition, Alta Definição) e no futuro, talvez não tão distante, alguns participantes nem entendam bem o que significa a tal palavra “vídeo”. Só “cinema” é que parece não sair de moda nunca, apesar de surgir prostituída cada vez mais em títulos que não correspondem a sua grandeza.

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Verde- amarelo
O crítico paulista Celso Sabadin lembra que os grandes sucessos recente da produção nacional foram “Bruna Surfistinha” (foto), “Qualquer Gato Vira Lata”, “Cilada.Com”, “O Homem do Futuro” (em cartaz atualmente no Cine São Luiz), “De Pernas Pro Ar” e “O Palhaço”. E lembra: “neste século, apenas 40 filmes brasileiros conseguiram superar a marca do milhão de espectadores. Lembrando que, no mesmo período foram lançados comercialmente quase 700 longas”.

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Canoa Quebrada
O Curta Canoa: Festival Latino-Americano de Cinema de Canoa Quebrada chega hoje à sétima edição e leva ao Ceará mais de cem curtas-metragens brasileiros, argentinos, paraguaios, bolivianos e venezuelanos. A mostra acontece até sexta-feira na praia mais charmosa do litoral cearense. “A data é marcada sempre em semana de lua cheia”, diz Adriano Lima, idealizador e diretor geral da mostra. Além de 76 filmes competindo (19 em 35 mm e 57 em vídeo), o evento apresenta outras cinco mostras. As exibições têm entrada franca e são realizadas ao ar livre, num telão gigante montado no Pólo de Lazer. A expectativa de público é de 10 mil pessoas. De Pernambuco, concorrem “A Arte do Barro” (Roberto Belo), “Curica” (Hanna Godoy e Márcia Mansur), “O Mar de Lia”, na foto acima, (Hanna Godoy), “Rosário do Sertão” (Hanna Godoy e Márcia Mansur) e Uma Noite Em 68 (Ionaldo Araújo).

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ShowBuzios
O evento que acontece anualmente no litoral fluminense, ShowBuzius, reuniu 15 grandes distribuidoras no Brasil para discutir os planos para 2012. A perspectiva foi boa e todos acreditam que a boa safra de filmes para o próximo ano será forte o suficiente para suportar uma eventual crise econômica que possa bater na porta do Brasil. Vamos ver.

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